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No sofrimento da cruz, o caminho para a vitória

Fotos: Bibiana Pignatel/Comunicação Diocese de Criciúma

Enquanto cantos de hosanas ecoavam pelas ruas do centro de Criciúma, na manhã deste Domingo de Ramos, 09, a cada quadra, rostos se aproximavam das janelas e sacadas dos prédios próximos de onde passava a procissão, com centenas de pessoas. A celebração de bênção de ramos foi realizada na Gruta Nossa Senhora de Lourdes, seguida pela santa missa, às 10 horas, presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Jacinto Inacio Flach e concelebrada pelo pároco, padre Antônio Júnior, na Catedral São José.

Durante a celebração eucarística, marcada pelo uso de paramentos na cor vermelha, que lembram o martírio, Dom Jacinto fez questão de enfatizar sobre o modo como Jesus assumiu a vontade do Pai em salvar a humanidade, de maneira tão humilde, simples e sofrida e comparou o sofrimento do Salvador aos da humanidade. “Muitas vezes, nossa vida tem coisas muito parecidas com a história de Jesus. Uma das coisas que nós, muitas vezes, sentimos, e que o próprio Jesus sentiu, é o chamado ‘silêncio de Deus’. Parece que Deus, às vezes, está em silêncio e aí Jesus fala uma coisa que está em nosso coração e que todos nós uma ou outra vez na história de nossa vida também falamos: ‘Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?’”.

Conforme o Bispo, o evangelista preservou as palavras do Evangelho em aramaico pronunciadas por Jesus para comunicar, de forma integral, o que Cristo sentiu durante seu maior tormento. O epíscopo recordou as vezes em que muitos, assim como Jesus, sofrem, injustamente com acusações que os prejudicam para o resto da vida. Dom Jacinto afirmou que o que aconteceu na vida de Cristo, concretamente, vai se repetindo na história e citou o exemplo do primeiro mártir, Santo Estevão, que repetiu as palavras pronunciadas por Cristo na cruz em seu sofrimento.

“Uma coisa vai nos confortar sempre: a fé em Deus. E aquilo que Jesus fez, enfrentando cruz e morte, levou à ressurreição. Irmãos e irmãs, estamos celebrando não como um momento de tristeza ou de desânimo. Justamente, ao contrário, nós queremos, também, como Cristo, carregar a cruz e mesmo que precisemos de uma Verônica, de um Cireneu, vamos continuar, porque a vitória está garantida para aqueles que têm fé e não se afastam de Cristo”, frisou o Bispo.

Ao final de sua homilia, Dom Jacinto motivou os fiéis a viverem com intensidade a Semana Santa e, de modo especial, o Tríduo Pascal, que inicia na Missa da Ceia do Senhor, na quinta-feira santa, e culmina na Vigília Pascal, na noite de sábado. Segundo o Bispo, este deve ser um momento profundo para renovar a fé.

Missa com bênção dos santos óleos

Na noite de quarta-feira, 12, às 20 horas, a Catedral São José também acolhe a Missa do Crisma, quando é celebrada a renovação das promessas sacerdotais e a bênçãos dos óleos do Batismo, do Crisma e dos Enfermos, com a participação de todo o clero diocesano e povo das paróquias da Diocese de Criciúma.

Colaboração: Bibiana Pignatel/Comunicação Diocese de Criciúma

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