Homens ainda são minoria na prevenção de doenças.
A cultura brasileira ainda coloca os homens em uma posição de despreocupação com sua saúde e integridade física. O número de feridos em acidentes de trânsito, diagnósticos tardios de doenças, maus hábitos alimentares e a baixa procura por cuidados médicos comprovam que as mulheres ainda são maioria na hora de cuidar da saúde.
Segundo a última pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 71,2% dos entrevistados haviam se consultado com um médico pelo menos uma vez no último ano. Sendo que, desta porcentagem, 78% eram mulheres, contra 63,9% de homens.
No mês dos pais, o alerta para este assunto é sempre uma boa maneira de orientar a população. De acordo com um dos médicos parceiros do Itesc de Araranguá, o gastrocirurgião Dr. Rafael Osterman, o descaso com a realização de consultas periódicas e exames é um dos principais fatores que geram diagnósticos de doenças em estágios mais avançados.
“No caso dos homens, o câncer de pulmão e o de próstata se destacam por serem os mais frequentes, seguido pelo câncer colorretal (câncer de intestino). O Trauma, causado por acidentes, também é maior no público masculino, pois esse grupo se expõe mais a alta velocidade e a violência urbana”, comenta o especialista. A prevenção sempre é o melhor caminho e é preciso que as famílias ajudem os homens em que convivem a fazer consultas anuais.
“Existe um ditado que diz que “santo de casa não faz milagre”, então por isso é tão complicado a família ajudar na conscientização. Mas é preciso continuar falando, fazendo campanhas e conscientizando os homens da importância dos cuidados com sua saúde”, diz o médico.
A famosa cultura de “é melhor não saber” segue sendo a maior negligência no público masculino, conforme o médico. “A prevenção é o caminho menos doloroso, mais barato e com mais possibilidade de controlar determinadas doenças. Talvez nesse Dia dos Pais os filhos possam presentear seus heróis com aquilo que mais importa: a saúde. Converse com seus pais e procurem caminhos para facilitar o acesso à saúde. Esse sempre será o melhor presente”, complementa Osterman.