Saúde

Negociações entre o Estado e HSJosé não avançam

Foto: Divulgação / Deivid Fortuna

Foto: Divulgação / Deivid Fortuna

A nova rodada de negociações entre o Estado, Prefeitura Municipal de Criciúma e o Hospital São José – HSJ não trouxe avanços para os problemas financeiros que a unidade de saúde vem enfrentando.

Conforme a diretora do Hospital São José, Irmã Terezinha Buss, não houve avanços com a Secretaria de Estado da Saúde, na reunião promovida na tarde de segunda-feira, em Florianópolis. “Continuamos insistindo e o secretário ficou de nos apresentar uma contraposta que deve ser logo, já que temos até o dia 28 de fevereiro, prazo dado pela liminar referente à contratualização”, diz a diretora.  

Ainda segundo ela, a situação do hospital deve ficar ainda mais delicada, já que durante a reunião a prefeitura de Criciúma anunciou que não terá mais condições de efetuar o repasse mensal de R$ 128 mil à unidade hospitalar. Desde 2013, a prefeitura não efetuava mais o pagamento do montante.

“Realmente não iremos mais repassar o valor porque não temos condições financeiras para isso e acreditamos que o dever de manter os atendimentos de média e alta complexidade deve ser do Estado. Entretanto, a prefeitura não pode ficar como o patinho feito da história porque o dever cabe ao Estado e até porque este valor de R$ 128 mil não completaria o valor solicitado pelo hospital”, relata o secretário de Saúde de Criciúma, Márcio Zaccaron.

Conforme ele, as negociações não avançaram, haja vista que a proposta do HSJ é de um repasse mensal de 1,5 milhão, enquanto o Estado oferece o valor de R$ 400 mil.

Secretário de saúde esteve em Criciúma

A última etapa de discussão sobre o novo contrato de prestação de serviços Via Sistema Único de Saúde – SUS foi realizada no dia 13 de fevereiro no Paço Municipal de Criciúma. O secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinübing, apresentou proposta com valores reajustados pela produção e de incentivo à instituição.

Kleinübing ofereceu ao hospital o pagamento de todo o extra-teto (consultas e procedimentos acima da cota estabelecida na contratualização) e 20% sobre a produção de média e 10% da alta complexidade. Somados os valores totalizam R$ 24 milhões anuais, a partir de março, quando expira o atual vínculo.

Nova reunião nesta terça-feira

Ainda segundo Zaccaron, na manhã desta terça-feira técnicos da prefeitura e do Estado se reúnem para  analisar o débito requerido via Justiça pelo hospital de mais de R$ 15 milhões.  “Os técnicos farão um pente fino para verificar o que cabe ser pago pelo estado e o que deve ser pago pela prefeitura”, informa o secretário.

Com informações do site Clicatribuna