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Não deixe o samba morrer

Foto: Reprodução Internet

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Existe uma meia dúzia de “pseudo-intelectuais” que insistem em culpar o carnaval pelas mazelas da Nação. Metem a culpa no samba, no carnaval, na pizza.  Sustentam a teoria que o carnaval aliena, profana, e por fim,  anestesia a consciência do nosso povo.

Eu prefiro as palavras de Dom Helder Câmara, homem de coragem e de fé que não se curvou aos desmandes e desmanches da ditadura militar no Brasil no final dos anos 60 e na década de 70. Dizia o “Santo Rebelde”:

“Carnaval é alegria popular. Direi mesmo uma das raras alegrias que ainda sobraram a minha gente querida. Peca-se muito no carnaval? Não sei o que pesa mais diante de Deus, se excessos aqui e ali, cometido por foliões, ou farisaísmo e falta de caridade por parte de quem já se julga melhor e mais santo por não brincar o carnaval. Brinque meu povo querido! É verdade que quarta-feira a luta recomeça, mas, ao menos, se pôs um pouco de sonho na realidade dura da vida”.

Quando o carnaval chega ao fim à fantasia volta para o “armário” e a realidade retorna a conduzir a liturgia da vida. Porém, estejamos atentos, os fariseus continuam circulando pelas ruas; alguns aumentando taxas, impostos, e sobrecarregando a classe trabalhadora, quando não, legislando em causa própria. Esse grupo continua com o bloco na rua, apresentam-se com o enredo do bem comum, mas, na realidade, sambam no compasso dos interesses particulares e da corrupção.

O problema não é o carnaval! O problema é o farisaísmo que insiste em permanecer com o bloco na rua. Brinque meu povo querido, mas não permite que brinque com a sua confiança!

Conexão                                                                                                      

A visita da presidente Dilma Ruosseff ao Papa Francisco repercutiu por toda a Europa.   O convite para participar da Copa do Mundo, a camisa da seleção Brasileira e uma bola de futebol presenteada ao Papa ocuparam espaços na imprensa. Porém, não foi o suficiente para arrancar do Papa Francisco um: “Eu vou”!