Informações foram divulgadas nesta terça-feira, 1º, após a realização da primeira reunião do grupo
Após reunião na manhã desta terça-feira (1°), o Gabinete de Crise – criado para coordenar ações frente a protestos e bloqueios das estradas catarinenses– divulgou algumas medidas para enfrentar a situação. Entre elas, as forças de segurança buscam identificar e multar os manifestantes – com multas que variam de R$10 mil para pessoa física e R$ 100 mil para empresas. Também foram divulgados os impactos das paralisações, principalmente na área da Saúde.
Participaram da reunião, que aconteceu na Sede da Defesa Civil, membros da SSP (Secretaria de Segurança Pública), bombeiros, PRF (Polícia Rodoviária Federal), PMRv (Polícia Militar Rodoviária), PM (Polícia Militar) e Defesa Civil.
Impactos na Saúde
Durante a manhã, o secretário da Saúde, Aldo Neto comentou sobre os impactos que a área da saúde já enfrenta por conta dos bloqueios. Uma das preocupações é referente aos pacientes que não conseguem chegar as unidades. “Nós temos cirurgias sendo canceladas, hemofílicos que não chegam para o seu tratamento, que são situações extremamente graves”.
Também que profissionais, como médicos e enfermeiros, não conseguem chegar aos postos de trabalho por conta das barreiras. O secretário destacou ainda sobre a preocupação com a logística de medicamentos, vacinas, alimentos e insumos, que precisam circular pelas rodovias para chegar aos hospitais e postos de saúde.
“Vai muito além das ambulâncias e veículos da saúde. Nós temos toda uma rede que é diária de abastecimento”, observou. Neto pede cautela dos manifestantes, para a situação não se agravar. “Temos muito temor de enfrentar algo parecido com 2018”, salientou o secretário.
Escolta e multa
O comandante da PM, Coronel Pontes destacou que são monitorados de competência da Polícia Militar Rodoviária. Também informou que nesse momento as equipes tentam identificar as pessoas que estão obstruindo as rodovias para aplicar as multas.
Ainda salientou que a multa para os manifestante será deR$10 mil. Já para empresas é de R$100 mil. Além disso, que as tratativas para a liberação das rodovias já iniciaram. “Começamos desde a manhã as tratativas, avançando de forma gradual”, pontou.
O comandante reforçou que neste momento é tentado o diálogo. “A doutrina recomenda sempre o uso do diálogo acima da força”. e acrescentou que a “força será usada como última alternativa”.
Conforme o coronel, diferente das manifestações de 2018, neste ano há presença de mulheres e crianças.
O Coronel também comentou que será feito trabalho de escolta. “Visando atender algumas demandas, como da saúde, agricultura e dos combustíveis, estamos nos reunindo com essas entidades para atender, como forma prioritária, algumas escoltas. Para que, em alguma resistência de bloqueio mais incidente, a gente possa permitir a passagem”.
Gabinete de Crise
O Gabinete de Crise foi criado na segunda-feira (31) após um decreto do governo estadual. O objetivo do grupo é coordenar as ações da Administração Pública Estadual em razão dos atos de protesto com interrupções de rodovias no território catarinense.
O gabinete será presidido pelo Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial e contará com representantes de outros órgãos.
Outra medida anunciada ainda na segunda-feira foi a determinação para a liberação das rodovias. A ordem dada após a PGE/SC ( Procuradoria-Geral do Estado) entrar na Justiça para pedir o desbloqueio das estradas estaduais, com pedido de multa aos infratores.
Via ND+