Tecnologia

Mulheres são maioria no Brasil, mas ocupam só 3 a cada 10 postos em ciência e tecnologia

Os dados são do estudo “Androcentrismo no Campo Científico: Sistemas Brasileiros de Pós-Graduação, Ciência e Tecnologia como estudo de caso" e aponta a desigualdade de gênero entre cientistas

Foto: Freepik/Divulgação

As mulheres representam 58% entre os bolsistas da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), 57% dos estudantes de mestrado e 54% dos doutorandos. Entretanto, mesmo sendo parcela significativa nos espaços acadêmicos e de pesquisa, apenas 7% delas integram o comitê de seleção ABC, a mais alta instância entre os acadêmicos.

Os dados são do estudo feito em 2022 chamado “Androcentrismo no Campo Científico: Sistemas Brasileiros de Pós-Graduação, Ciência e Tecnologia como estudo de caso” e aponta a desigualdade de gênero entre cientistas no mercado de trabalho.

De acordo com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), as mulheres estão em apenas três de cada dez ocupações nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática no Brasil.

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Segundo dados de 2020 da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), elas representam 44% da força de trabalho no país. Apesar disso, apenas 28% dos pesquisadores de todo o mundo são mulheres. Os dados são do relatório “Decifrar o código: educação de meninas e mulheres em ciências, tecnologia, engenharia e matemática”, produzido pela Unesco.

Desde 1903, quando a cientista Marie Curie ganhou o prêmio Nobel, apenas 17 mulheres ganharam o reconhecimento nas de medicina, física ou química. Por outro lado, 572 homens (97%) ganharam um prêmio Nobel nestes segmentos.

A fim de estimular crianças a se desenvolverem nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, a Unesco Brasil lançou no país o EducaSTEM 2030, Movimento Global de Meninas e Mulheres na Educação e Carreira em STEM para Sociedades Inclusivas e Sustentáveis.

De acordo com o relatório da Unesco, muitas meninas não adentram nestas áreas “por conta da discriminação, pelos diversos vieses e por normas e expectativas sociais que influenciam a qualidade da educação que elas recebem, bem como os assuntos que elas estudam”.

Com informações do ND+

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