Segurança

Mulher que congelou a própria filha passa por Júri Popular hoje, em Sombrio

Mulher que congelou a própria filha passa por Júri Popular hoje, em Sombrio

Foto: Divulgação

O juiz de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Sombrio Evandro Volmar Rizzo conduz, hoje, o júri popular da mulher denunciada pelo Ministério Público pelo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e sem chance de defesa à vítima) da própria filha recém-nascida, que foi congelada em um freezer. A sessão acontece a partir das 10h, no Salão do Tribunal do Júri do Fórum de Sombrio.

O crime, registrado em 2014, em Sombrio, ganhou repercussão nacional, já que o bebê foi jogado, assim que nasceu, dentro de um freezer pela mãe, ainda com vida. Por conta das qualificadoras, ela pode ser condenada a quase 30 anos de prisão. Conforme a denúncia do Ministério Público, Elisangela engravidou de um relacionamento com o amigo de seu filho, na época menor, entrou em trabalho de parto em casa, pariu no vaso sanitário, cortou o cordão umbilical com uma faca de cozinha, enrolou o bebê em três sacolas plásticas e levou a criança, ainda viva, ao freezer da residência.

Depois do parto, ela passou mal, teve hemorragia, procurou o Hospital Regional de Araranguá e negou que tivesse recém parido ao corpo clínico. A confissão do crime veio somente três dias depois do homicídio, quando a própria Elisangela confessou o ato e entregou o bebê congelado aos policiais.

A defesa sustentou que o crime ocorreu em um momento em que a acusada estava sob influência de estado puerperal, que é depressão ou outra reação hormonal, do sistema nervoso ou perturbação psíquica após o parto, que caracterizaria o crime de infanticídio, com no máximo seis anos de prisão e sem julgamento perante o júri.

A prova pericial juntada nos autos aponta conclusões conflitantes, pois, enquanto o laudo psicológico aponta que a acusada “apresenta fortes indícios de ter passado por estado puerperal, sobretudo, por ter feito negação psíquica da gravidez”, a conclusão psiquiátrica caminha para sentido contrário, afirmando que a acusada “nunca perdeu a noção de realidade. Pelo contrário, tudo fez para ocultar o ocorrido”, concluiu o magistrado, que determinou que a decisão ficará nas mãos do júri popular.

Com informações de Francine Ferreira / Clicatribuna

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