Crime teria sido motivado por benefícios financeiros; julgamento ocorre no fórum de Criciúma
Mãe e filho, acusados de assassinar Edson da Rosa a facadas, irão ao Tribunal do Júri nesta quinta-feira (10), a partir das 9h. A motivação do caso, que aconteceu em Criciúma, no Sul de Santa Catarina, seria a obtenção de possíveis benefícios financeiros.
A promotora Greice Chiamulere Cristianetti será responsável pela acusação, enquanto a advogada criminalista Aline Marques atuará como assistente de acusação. O julgamento será realizado no fórum de Criciúma.
De acordo com as investigações, no dia 1º de novembro de 2022, a vítima, de 43 anos, foi morta com 24 facadas pela esposa e pelo filho, então com 41 e 19 anos, respectivamente. O crime aconteceu na residência dos réus.
Os denunciados foram presos em flagrante logo após a execução, mas liberados em audiência de custódia. No entanto, as apurações continuaram e, seis meses depois, ambos foram presos novamente.
Na época, o filho alegou que havia agido em legítima defesa para proteger a mãe de uma possível agressão.
Os autos indicam que, na data do crime, o casal estava separado, e Edson precisou buscar alguns documentos que estavam em sua antiga casa. Aproveitando-se disso, a ré teria insistido para que ele fosse pessoalmente buscar os itens. Ao chegar ao local, Edson foi atacado.
O laudo no local do crime e a investigação apontaram que, antes da chegada da Polícia Militar, o imóvel estava sendo limpo, o corpo da vítima havia sido removido do local e seu celular estava em um pote submerso em água.
Foi também verificado que ocorreu intenso caminhar no entorno – sem o acionamento da polícia -, demonstrando que os denunciados teriam buscado, ainda, prejudicar a coleta de provas.
Acusação da mulher e filho
De acordo com a advogada Aline Marques, a vítima foi imobilizada pelo filho e atacada pela esposa. “A brutalidade foi tanta, que a faca usada no crime quebrou”, destacou.
“O laudo também aponta que o filho deve ter desferido facadas também, pois foram usados uma faca e um canivete”, continuou.
Para a profissional, a motivação o do crime seria a quitação do financiamento da casa, uma vez que Edson era o titular do contrato. “O objetivo foi alcançado, pois atualmente a esposa recebe pensão por morte e está com a casa quitada”, concluiu.