Ministério Público manteve indiciamento da Polícia Civil contra C.S.F., 30 anos, acusado de assassinar a ex com 28 facadas
Um dos casos de crimes passionais mais cruéis registrados nos últimos anos em Criciúma encerrou mais um trâmite.
O Ministério Público (MP) denunciou por homicídio triplamente qualificado, o ex-vigilante, C.S.F., 30 anos, principal suspeito de ter assassinado a ex-companheira, Alessandra Cristina Rocha Felicidade, com 28 facadas na noite de 6 de setembro deste ano.
Conforme matéria do Clicatribuna, a denúncia foi realizada pelo promotor Ricardo Leal da 12ª Promotoria de Justiça do Fórum de Criciúma.
O representante do MP, também foi responsável por outro caso de grande repercussão.
Ao lado do promotor, Alex Sandro Teixeira da Cruz, Leal participou da acusação de Diego do Nascimento Burin, 26 anos, condenado a mais de 38 anos pelo estupro e morte da menina Kenefer Maria de Jesus Guimarães, na época com sete anos.
Motivo torpe, sem chance de defesa e meio cruel
A denúncia do crime hediondo de homicídio triplamente qualidade – motivo torpe, sem chance de defesa a vítima e meio cruel – se manteve da decisão em inquérito policial finalizado pelo titular da Delegacia de Proteção à Mulher, Criança, Adolescente e Idoso da cidade, o delegado Márcio Campos Neves.
A autoridade policial indiciou C. com as três qualificadoras e encaminhou o documento ao Fórum no dia 21 do mês passado.
O acusado também foi indicado por lesão corporal devido às agressões na sobrinha da vítima, que estava no local no momento do assassinato.
O defensor do ex-vigilante, o advogado criminalista Alessandro Damiani, está em fase de análise do processo, mas adianta que a tese de defesa será diminuir uma das qualificadoras.
Acusado deve ir a júri popular
Os próximos passos do processo ficam a cargo de Poder Judiciário.
C. deve ir a júri popular, e, em caso de réu preso, como determina a lei, os trâmites ocorrem de forma mais acelerada.
O julgamento deve ser marcado no máximo até o ano que vem.
O ex-vigilante, que atuava numa empresa terceirizada que presta serviços de segurança privada no Presídio Santa Augusta, pode ser condenado à pena de mais de 30 anos de reclusão.