O SOS Vale do Rosa, movimento criado há cerca de um ano para denunciar problemas com a degradação ambiental que, segundo os participantes do movimento, vêm ocorrendo no Vale do Rosa (região localizada entre a Praia do Rosa e a Praia do Luz, em Imbituba), fez uso da tribuna da Câmara de Vereadores ontem.
Segundo a presidente do Conselho Comunitário de Ibiraquera, Maria Aparecida Ferreira, a ideia dos participantes do movimento “é alertar para a extensa destruição que vem sendo causada no local, como por exemplo o aterramento de banhados e a supressão de vegetação nativa para a construção de casas e pousadas”, destaca. “Além disso, lutamos por uma legislação que defenda estas áreas”, completa.
Desde de 2015, segundo ela, entidades da praia do Rosa/Ibiraquera, como Conselho Comunitário e Fórum da agenda 21, fizeram denúncias ao Ministério Público. “Mas de lá para cá nenhuma providência foi tomada”, pontua Maria Aparecida.
Segundo nota enviada pelo movimento: “Estamos nos encaminhando para um futuro de tragédias ambientais. Se o banhado continuar a ser aterrado e a lagoa for totalmente assoreada, podem começar a acontecer deslizamentos de terras nos morros. As ruas já estão nos mostrando isso. A chuva toda do Rosa escoa para esse banhado, e se ele for aterrado, pra onde essa água irá? O solo vai começar a desmoronar. Fora a destruição de um patrimônio que é o Vale do Rosa”, destaca a nota.
Os integrantes do movimento SOS Vale do Rosa também alertam que “futuros empreendimentos comerciais do setor de hospedagem estão sendo construídos dentro do banhado. Tratores trabalham no local sem o menor critério para drenar o banhado. E sem esquecer que o rio dos Poncianos, marca registrada do Vale do Rosa, já foi aterrado também”, finaliza Maria Aparecida.
Com informações do Jornal Diário do Sul