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Mortes de Washington Rodrigues, Antero Greco e Silvio Luiz marcam dia de despedida de personalidades da comunicação esportiva

Foto: Divulgação

Entre a noite dessa quarta-feira, 15, e esta quinta-feira, 16, a morte de três grandes nomes do rádio e da TV provocam comoção. Washington Rodrigues, o Apolinho, Antero Greco e Silvio Luiz deixam lembranças de trajetórias marcantes na imprensa esportiva.

Morreu na noite dessa quarta-feira, 15, aos 87 anos, Washington Rodrigues. Apolinho, considerado um dos maiores comunicadores da radiodifusão brasileira, era comentarista e apresentador na Super Rádio Tupi, além de ter sido técnico do Flamengo. Ele estava internado no Hospital Samaritano, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, tratando um câncer.

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O velório acontece nesta quinta-feira, 16, a partir do meio-dia, na sede do Flamengo, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Washington Carlos Nunes Rodrigues nasceu no Rio de Janeiro, no dia 1º de setembro de 1936. Revelou-se desde cedo um amante do futebol e sempre se orgulhou em dizer que organizava saídas da escola para frequentar o recém-inaugurado Maracanã. Na juventude, enquanto era bancário, tinha como hobby a prática do futebol de salão e, ainda de forma amadora, enviava boletins sobre a modalidade para a Rádio Guanabara, que o contrataria em um futuro não tão distante.

O apelido Apolinho, num primeiro momento, foi dado para o seu microfone pelo locutor Celso Garcia, em alusão aos equipamentos usados pelos astronautas da missão Apollo 11. Logo, o também lendário Waldir Amaral seguiu usando o termo. Não demorou para todos transferirem o apelido do microfone para Washington Rodrigues.

No ano de seu centenário, em 1995, em meio a um momento de crise, o Flamengo, com o então presidente Kleber Leite, convidou Apolinho para assumir o comando técnico e domar o ataque formado por Sávio Romário e Edmundo. Na ocasião, foi vice-campeão da Supercopa da Libertadores. Três anos depois, voltou ao clube no cargo de diretor técnico. Washington costumava se referir ao episódio como uma “convocação”. Meses depois voltaria de forma definitiva aos microfones na Super Rádio Tupi.

Na madrugada desta quinta-feira, 16, morreu Antero Greco, um dos maiores ícones da história da ESPN e da comunicação no Brasil. Ele tinha 69 anos.

“É com muita tristeza que comunicamos a partida de nosso querido Antero Greco, serenamente, nesta madrugada de 16 de maio de 2024. A despedida será realizada no Cemitério do Redentor, hoje, a partir das 12h, seguida pelo enterro às 16h, na Avenida Dr. Arnaldo. 1.105. Agradecemos todas as manifestações de carinho e apoio que recebemos em seus momentos finais”, informou a família.

Antero lutava contra um tumor no cérebro há quase dois anos. E mesmo com altos e baixos durante o tratamento, fazia questão de continuar – de casa ou do estúdio – fazendo parte do SportsCenter, programa que ajudou a alavancar desde o seu início.

Foi no SC, aliás, que o paulistano filho de João Greco e Ernestina Caterina Ferraro Greco formou uma parceria fortíssima de anos e anos com Paulo Soares, o ‘Amigão da Galera’. Sob o comando dos dois, sempre com um jornalismo informativo e ao mesmo tempo divertido, leve, o programa ganhou ainda mais notoriedade com o passar do tempo. Tornaram-se, sem sombra de dúvidas, a dupla favorita de todas as noites do fã de esportes.

Antero nasceu em 2 de junho de 1954, logo, completaria 70 anos mês que vem. Ele se formou em Jornalismo pela ECA (Escola de Comunicações e Artes) da USP (Universidade de São Paulo) e começou a exercer a profissão em 1974, há 50 anos, como revisor do jornal O Estado de S. Paulo.

No diário, ocupou também as funções de repórter, chefe de reportagem, repórter especial e editor. Foram três passagens, a última encerrada em 2018. Também trabalhou no Diário Popular, no Popular da Tarde e na Folha e S. Paulo. Na TV, teve passagem pelo SBT e também pela Bandeirantes.

A história de Antero Greco com a ESPN vem desde 1994, ainda como TVA Esportes (que virou ESPN em 1995), na qual atuou por décadas como comentarista do SportsCenter, comentarista de partidas internacionais e já há muitos anos escrevia para o ESPN.com.br.

Além do incrível trabalho ao lado de Paulo Soares no SportsCenter, o jornalista também participava esporadicamente de quase todos os outros programas da casa, do Linha de Passe ao antigo Bate-Bola. Também deu enorme contribuição ao Futebol No Mundo.

O experiente comunicador ainda cobriu, in loco, as Copas do Mundo de 1982, 1986, 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014.

O famoso narrador esportivo Silvio Luiz morreu nesta quinta-feira, 16, em São Paulo. Ele tinha 89 anos e estava internado desde a quarta-feira, 08, no hospital Oswaldo Cruz, na região central da cidade. A informação foi confirmada pela entidade, por falência múltipla de órgãos.

Silvio Luiz era casado com a cantora Márcia Barbosa desde 1969 e deixa três filhos: Alexandre, Andréa e André.

Após trabalhar como repórter de rádio, ator de radionovelas e ter algumas experiências na televisão como ator de novelas, na Record TV, Silvio Luiz trilhou uma carreira de cinco décadas na locução esportiva, com passagens pelos principais meios de comunicação do país, e se tornou um dos mais conhecidos narradores brasileiros, em especial no futebol.

Na função, teve passagens marcantes pela Rádio Record, entre as décadas de 1970 e 1980, período em que ainda apresentou programas esportivos na Record TV.

Na década de 1980, se tornou o nº 2 da Bandeirantes, então bastante reconhecida pelas transmissões esportivas, que tinha Luciano do Valle como principal responsável pela narração.

Chegou ao SBT em 1996, para comandar a equipe de esportes da emissora, narrar competições esportivas e apresentar o programa Gol Show.

No final da década de 1990, retornou à Bandeirantes, onde participou da equipe inaugural do canal fechado Bandsports e se tornou sua voz titular.

Anos depois, foi para a RedeTV!, onde narrou competições europeias, a Série B do Campeonato Brasileiro e apresentou o programa Bola Dividida. Passou ainda pela rádio Transamérica, conhecida pelas transmissões esportivas em São Paulo, na década de 2010.

Narrando futebol, Silvio Luiz ficou marcado por bordões como “olho no lance!”, “acerte o seu aí, que eu arredondo o meu daqui” e por não aderir ao tradicional grito de “gol” após a bola tocar no fundo da rede. Um dos pioneiros no uso do humor nas transmissões, se popularizou também entre o público que não era tão próximo do esporte. Por causa disso, foi convidado para dar voz a uma das versões do aplicativo de GPS Waze no Brasil e para a dublagem nacional do filme “Carros 3”.

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Silvio Luiz venceu cinco vezes o Troféu Imprensa de locutor esportivo. Suas 14 indicações ao prêmio vão de 1982 a 2006, num demonstrativo de sua longevidade na profissão.

Nos últimos anos, retornou ao veículo onde começou a carreira para comandar a versão digital das transmissões do Campeonato Paulista no R7, portal da Record TV. Enquanto narrava a final deste ano da competição — disputada entre Santos e Palmeiras, no dia 7 de abril –, o veterano passou mal e precisou ser internado. Ele recebeu alta em 2 de maio, mas voltou ao hospital nove dias depois.

Veículos de imprensa, times de futebol e entidades prestam homenagens aos comunicadores em suas páginas nas redes sociais.

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