Em um único dia foram encontrados 345 pinguins mortos entre o Balneário Campo Bom e a Barra do Camacho
Os pinguins são personagens comuns no litoral Sul catarinense no Inverno. Mas este ano, outro fato vem chamando a atenção é a quantidade dos animais mortos encontrados na orla. Conforme o biólogo do Museu de Zoologia da Unesc, Rodrigo Ribeiro Freitas, os pinguins acabam se debilitando muito no trajeto até o litoral catarinense. “Este ano, em um dia que fizemos o monitoramento, encontramos 345 animais mortos na orla, em uma area de 40 quilômetros entre o Balneário de Campo Bom até a Barra do Camacho, no município de Jaguaruna. Ano passado em quatro meses de monitoramento encontramos cerca de 150 animais mortos da Barra do Torneiro a Barra do Camacho”, compara.
Segundo matéria do Portal Engeplus, os pinguins vêm em grande quantidade para o litoral em busca de alimentos, eles saem da patagônia e de algumas ilhas do Chile. De acordo com o biólogo, durante a rota os animais enfrentam algumas dificuldades, acabam se perdendo das correntes marítimas que os trazem para o litoral, em consequência disso acabam se debilitando muito. “Os pinguins chegam exaustos, em estado de fadiga muscular, fracos e muitos magros. Outro fator é que muitos pinguins que migram para o Litoral são jovens sem experiência. Alguns acabam não resistindo”, explica.
A orientação do biólogo é que a população não encoste nos pinguins. Caso a ave tenha algum ferimento visível, ou esteja muito magra, a população deve entrar em contato com a Polícia Ambiental dos municípios ou entrar em contato com o Museu de Zoologia da Unesc, que realiza dois monitoramentos por mês entre Passo de Tores e Barra do Camacho, uma área de 120 quilômetros. Outros animais que também migram para o litoral catarinense são os lobos marinhos e as baleias. De acordo com Freitas, na tarde dessa terça-feira foram contabilizados sete lobos marinhos mortos entre Balneário Arroio do Silva e Balneário Gaivota.
Os animais encontrados machucados são encaminhados ao centro de reabilitação, em Florianópolis. Os encontrados vivos, são identificados e fotografados pelo Museu de Zoologia da Unesc. Já os animais mortos são usados pela universidade para fins didáticos.