Eles ficam de ponta cabeça, voam, têm presas e muitas vezes são causa de grande espanto entre as pessoas. Associados a lendas e mitos negativos, os morcegos podem parecer ameaçadores, mas na maioria das situações são inofensivos. Esses pequenos mamíferos foram tema de minicurso ontem (4), na Semana Acadêmica de Ciências Biológicas da Unesc. Durante as aulas os alunos capturaram, catalogaram e mediram os animais.
Durante manhã foram abordados aspectos da biologia, ecologia, diversidade (ênfase na fauna brasileira e catarinense), importância ecológica, morcegos em áreas urbanas, métodos de amostragem e utilização como bioindicadores da qualidade ambiental. Já à noite os participantes do minicurso aprenderam a montagem e manuseio de redes de captura, demonstração de equipamentos utilizados para biometria, métodos de marcação e apreensão.
Para capturar os morcegos são utilizadas redes especiais que podem chegar a até nove metros de altura. Três delas foram colocadas atrás do Bloco R, onde os alunos tiveram contato com os animais. “É de suma importância essas atividades realizadas em campo. Através da prática é possível obter uma experiência completa”, afirma a estudante da quarta fase de Ciências Biológicas, Daniela Bôlla.
Segundo o professor Fernando Carvalho, os morcegos causam mais receio que interesse nas pessoas, mas é justamente essa particularidade que os torna fascinantes. “Foi por gostar de morcegos desde criança que resolvi me tornar Biólogo. O que mais me encanta nestas criaturas é a adaptação morfológica que elas possuem, pois são os únicos mamíferos que voam. Mesmo sendo animais tão interessantes, as pessoas costumam ter medo quando digo que trabalho com morcegos”, comenta.
No campus, aproximadamente 60 animais já foram catalogados. Quando capturados eles recebem uma anilha, com numeração e nome da Unesc.
A Semana Acadêmica de Ciências Biológicas encerrou nesta sexta-feira (5).
Colaboração: Assessoria de Imprensa da Unesc