Na proporção pelo número de moradores, Extremo Sul ganha recursos do que a Amrec.
Entre os meses de abril e julho, os moradores do Extremo Sul receberam R$ 89 milhões através do auxílio emergencial. O benefício, criado pelo Governo Federal para reduzir os efeitos da crise causada pela pandemia de Covid-19, gerou 148.515 transferências de R$ 600 nos primeiros quatro meses de funcionamento.
O maior montante foi deixado justamente na principal cidade da região. Em Araranguá, foram distribuídos mais de R$ 28 milhões nos quatro meses. Apenas em maio, foram mais de R$ 10 milhões, seguindo o mesmo exemplo dos outros municípios, quando o mês rendeu o maior volume.
Na sequência, a maior distribuição do auxílio emergencial ocorreu em Sombrio (R$ 13,6 milhões), Balneário Arroio do Silva (R$ 6,9 milhões), Balneário Gaivota (R$ 6,5 milhões) e Passo de Torres (R$ 5 milhões). Já a menor cidade do Extremo Sul, também foi a que menos recebeu recursos: foram R$ 999 mil.
Maior média por habitante
Mesmo tendo recebido um valor bem menor que a Região Carbonífera (R$ 141 milhões), na proporção, a Amesc teve mais beneficiados. Isso porque, enquanto na Amrec, a média por habitante foi de R$ 318,66, no Extremo Sul, ela ficou em R$ 435,99, ou seja, quantitativamente, mais pessoas foram atendidas.
Na comparação entre os municípios que receberam mais e menos benefícios do auxílio emergencial, Ermo ficou na frente, na proporção. A menor cidade recebeu, na média, R$ 484,71 por habitante, enquanto em Araranguá, foram R$ 409,18.
Proporcionalmente, Balneário Gaivota é o município que mais recebeu o benefício, com uma média de R$ 578,31 por habitante. A cidade é seguida por Passo de Torres (R$ 557,16), Praia Grande (R$ 528,85) e Balneário Arroio do Silva (R$ 517,88).
Já a cidade que menos recebeu o benefício, na proporção, foi Turvo. Mesmo sendo o quarto maior da Amesc em população, com quase 13 mil habitantes, o município ficou em sexto em valores gerais, com uma média de R$ 308,72.
Valor da prorrogação sai amanhã
O presidente Jair Bolsonaro deve anunciar amanhã o valor da prorrogação do auxílio emergencial. “Na terça-feira vamos ao Palácio do Alvorada anunciar, junto com o presidente Bolsonaro, a prorrogação do auxílio emergencial, benefício tão importante para milhões de brasileiros que precisam dessa ajuda para enfrentar esse período da pandemia”, escreveu o líder do Centrão, o deputado federal Arthur Lira.
Antes, Bolsonaro voltou a confirmar que o auxílio emergencial será prorrogado até dezembro. O presidente disse também que tem feito o possível com “os poucos recursos do país”.
Ainda sem um valor definido, a ajuda deverá ficar em R$ 300. “Temos restrições orçamentárias bastante sérias. Aqueles que recebem o auxílio quero dizer uma coisa. Quando apareceu a pandemia os primeiros prejudicados foram os informais, os invisíveis. Nós criamos o auxílio emergencial por três meses, depois prorrogamos por mais dois completando cinco. Sabendo da necessidade, é pouco para quem recebe, mas muito para quem paga. O Brasil gasta por mês R$ 50 bilhões. Pretendemos, com valor menor, prorrogá-lo até o final do ano e fazer com que a economia volte a sua normalidade e se Deus quiser, isso acontecerá”, completou.
No sábado, Bolsonaro deixou claro que uma extensão após esse período é inviável. Ele disse que o valor pago “não é aposentadoria”, mas uma ajuda emergencial.
Com informações do site TNSul