"Já encontrei de tudo: geladeira, tênis, tapete, material que sobra da reforma de casas”, conta o morador.
O aposentado Roberto Cunha de Medeiros começou, há 20 anos, uma ação por conta própria: limpar a extensão de nove quilômetros das praias da Galheta, Ipuã e Farol de Santa Marta, em Laguna.
“Como moro na Galheta, sempre estou nessas praias e observo a grande quantidade de lixo que muitas pessoas jogam na areia, e até mesmo no acesso da rodovia às praias. Resolvi, então, sair recolhendo tudo, todos os dias, aquilo que encontro de sujeira”, explica Roberto.
Ele leva o material recolhido para casa, e depois separa para doação. “Levo para catadores e pessoas que podem ganhar um dinheiro com o lixo que os outros jogam em lugar inapropriado. Já encontrei de tudo: geladeira, tênis, tapete, material que sobra da reforma de casas”, conta.
Com o passar dos anos, a luta de uma pessoa ganhou adeptos. Hoje, empresários de Tubarão ajudam na causa. “Instalamos algumas placas nas praias, pedindo mais conscientização das pessoas que passam por ali. A sujeira também provoca a morte de animais. Já encontrei vários pinguins e tartarugas sem vida. As pessoas deveriam pensar mais nisso, que a ação delas gera consequências. Lugar de lixo é no lixo, não na areia, na rua, no mar”, relata Roberto.
O aposentado espera, com a atitude, conscientizar mais pessoas sobre o lugar em que elas vivem ou visitam. Enquanto isso, ele diz que continuará juntando aquilo que os outros deixam para trás sem a devida educação.
Com informações do Jornal Diário do Sul