Polícia Civil de Orleans obteve êxito em identificar os executores do crime e os compradores de ouro, todos de Criciúma.
A Polícia Civil de Orleans comunicou, nesta sexta-feira, dia 21, o bloqueio de mais R$ 17,5 mil em contas bancárias dos compradores das joias furtadas de joalheria e ótica de Orleans, além do bloqueio/transferência de três veículos de sua propriedade, avaliados, no total, em aproximadamente R$ 180 mil. Nesta semana, bens avaliados em R$ 111 mil já haviam sido recuperados, totalizando, assim, R$ 308,5 mil.
Conforme o delegado Fernando Guzzi, o prejuízo da empresa com o crime representa pouco mais que o valor recuperado e bloqueado. Nesta terça-feira, dia 18, policiais civis de Orleans deram cumprimento a dois mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão, todos em Criciúma. Na ação policial, foram presos os dois autores do furto ocorrido na noite de 15 de abril, na ótica localizada na Rua XV de Novembro, área central de Orleans. Além disso, foram apreendidos objetos utilizados no repasse das joias, que serviram de prova.
No dia 30 de abril, outros três mandados de busca já haviam sido cumpridos, também em Criciúma, quando foi recuperada parte das joias subtraídas, bem como apreendidos um veículo Honda Civic, uma motocicleta, aparelhos eletrônicos e entre outros, todos adquiridos com o produto do crime.
A Polícia Civil solicitou o sequestro e o arresto de dinheiro e bens dos suspeitos, o que foi deferido pelo Poder Judiciário de Orleans, com manifestação favorável do Ministério Público. Sendo assim, foram apreendidos dinheiro, joias, veículos, eletrônicos e vestuário, que totalizam um valor estimado em R$ 111 mil. Eles serão destinados à vítima após leilão, como forma de indenização ao prejuízo causado.
Os recebedores das joias identificados eram compradores de ouro da cidade de Criciúma. Os executores do crime também residem em Criciúma. A investigação identificou que os dois autores e os dois compradores das joias se associaram para o cometimento de crimes de furto e roubo contra joalherias da região Sul. Os dois primeiros responsáveis pela execução dos crimes, e os outros dois responsáveis por comprar e derreter as joias, a fim de as inserir novamente no mercado, após beneficiamento.
A participação de um quinto suspeito, também comprador de ouro, é ainda investigada, e será confirmada ou descartada após as perícias em andamento no Instituto Geral de Perícias. O inquérito policial deverá ser concluído em dez dias, com o indiciamento dos investigados por furto qualificado pelo arrombamento e concurso de pessoas, associação criminosa (antiga quadrilha) e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem chegar a 21 anos de reclusão. As operações contaram com o apoio de policiais civis das Delegacias de Lauro Müller, Forquilhinha, 2ª DP, Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma e DPCAMI de Criciúma.