Os modelos de previsão climática apontam a configuração do El Niño nos próximos meses. Segundo a meteorologista da Epagri/Ciram, Gilsânia Curz, o fenômeno é resultado do aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, além na atmosfera a diminuição dos ventos alísios (que sopram de leste para o oeste).
Segundo o Portal Satc, o fenômeno é global e para a região Sul do Brasil pode trazer o aumento da chuva e da temperatura. Segundo a meteorologista, a maior influência dele é na primavera.
"Isso não significa que ocorrerá chuva forte na região. No momento, não é possível saber qual será a intensidade do El Niño, porque estamos longe da primavera ainda", destacou Gilsânia.
Conforme o doutor em climatologia da Epagri, Márcio Sônego, o fenômeno deve se configurar a partir do mês de julho. "A última vez que o El Niño atingiu a região Sul do Estado foi em 2009. Na época, não trouxe problemas", ressaltou. De acordo com Gilsânia, o El Niño dura entre um ano e um ano e meio.
Agricultura poderá ser prejudicada
Segundo Sônego, a chuva pode trazer problemas para vários setores, como agricultura. "Um exemplo é o fumo, os produtores precisam se adequar para que a chuva não atrapalhe a produção", ressaltou.