Município está no Mapa do Turismo Brasileiro em categoria que reconhece o fluxo local de turistas e empregos formais no setor.
Celebrando 106 anos de emancipação política e administrativa, o município de Orleans tem algo a mais para comemorar. É que o Ministério do Turismo elaborou nova versão do Mapa do Turismo Brasileiro e ratificou Orleans como rota turística. Após o município obter êxito nas novas recomendações e compromissos firmados estabelecidos pelo Ministério, a cidade figura entre os municípios organizados na categoria D. Entre as obrigações está na participação em instância de governança e em Conselho Municipal de Turismo (Contur).
A Administração Municipal tem trabalhado para desenvolver o turismo na cidade e para o Prefeito Jorge Koch, Orleans além de pontos turísticos que já trazem milhares de turistas anualmente para a cidade, aqui tem muita beleza natural. “Precisamos fomentar empresários para o investimento em nossa. O Turismo está começando a receber a importância devida”, conversou o chefe do executivo.
A categoria da qual Orleans está inserida reconhece que há fluxo local de turistas e empregos formais gerados neste setor. A ideia é que, conhecidas as características de cada grupo de municípios, torna-se mais fácil o órgão federal proporcionar apoios adequados a cada um deles. Com isso, os municípios podem trabalhar na busca por investimentos em melhorias de infraestrutura, por exemplo, e diversas ações que possam atender às demandas e vocação turística.
Orleans está concentrado na rota catarinense “Encantos do Sul”. Oferece atrativos únicos que tornam a cidade única no Brasil.
Museu ao ar livre
O Museu ao Ar Livre de Orleans, constitui hoje um referencial da cultura orleanense e recentemente reconhecido pelo Ministério da Cultura como Patrimônio Cultural do Brasil, pela importância de seu acervo que expõe para o vistante a indústria, e o ‘modo de vida’ da colonização. Idealizado em 1974 pelo Pe. João Leonir Dall´Alba, por ocasião da catastrófica enchente de 23 de março daquele ano. A destruição causada pela enchente, inviabilizou a maior parte das indústrias rurais que ainda funcionavam, movidas a força hidráulica e animal. A reconstrução daquelas unidades, engenhos, atafonas e serrarias, ocorreria com base em recursos de um outro estágio tecnológico – a energia elétrica. Pouco sobraria, como na verdade ocorreu, daquelas unidades tradicionais movidas a boi ou por rodas d´agua alimentadas pelos açudes. Havia necessidade de uma ação imediata e de certa envergadura. O que realmente aconteceu: foi inaugurado a 30 de agosto de 1980. Acham-se instaladas no Museu as seguintes unidades: salão comunitário, capela, engenho de farinha de mandioca, estrebaria, casa do colono, cantina de vinho, galpão dos meios de transporte, engenho de açúcar, alambique, olaria, serraria, marcenaria, oficinas artesanais, atafona para moagem de milho, descascador de arroz, moagem de cereais, ferraria, monjolo simples e monjolo de quatro pilões. Os engenhos são movidos por rodas d´agua alimentadas por um belo açude e por tração animal. No processo de construção do museu esteve sempre presente a preocupação de respeitar as técnicas construtivas tradicionais. A distribuição das unidades foi feita de modo a permitir uma visitação proveitosa e uma boa visualização do conjunto. Nem tudo foi doado, como nem tudo foi comprado, a verdade é que a soma dos esforços, a captação de recursos e o enorme volume de peças conseguidas por doação permitiram a concretização deste empreendimento que é ainda hoje único na América Latina e um dos raros existentes no mundo. A compra de engenhos se fez necessária porque o objetivo era, acima de tudo, instalar no museu unidades que funcionassem, como de fato vem ocorrendo até os nossos dias com ligeiros reparos. Foram plantadas espécies já ameaçadas de extinção que fazem parte de nossa flora. Arvores frutíferas e bastante flores são facilmente encontradas na área, nas respectivas épocas de produção.
Esculturas do Paredão
Também tem a mão do Pe. João Leonir Dall´Alba a concretização das esculturas feitas no paredão de passagem da estrada de ferro margeando o Rio Tubarão, no centro da cidade. Foram conseguidos recursos de áreas governamentais para pagamento dos trabalhos profissionais ali executados. O planejamento das esculturas ficou por conta do escultor orleanense José Fernandes, o “Zé Diabo”. Foram gravados naquela encosta belíssimos painéis representativos de passagens bíblicas. Trata-se de um conjunto de muita beleza e arte com visitação permanente de bom número de viajantes, estudantes e turistas. É alvo também de excelentes reportagens nos jornais, revistas e televisão. Trata-se de uma interessante obra que projeta Orleans no cenário cultural, turístico nacional e sul-americano.
Saiba mais
O Mapa é o instrumento instituído no âmbito do Programa de Regionalização do Turismo que orienta a atuação do Ministério do Turismo no desenvolvimento das políticas públicas. É o Mapa do Turismo Brasileiro que define a área – o recorte territorial – que deve ser trabalhada prioritariamente pelo Ministério. Ele é atualizado bienalmente, e sua última versão, de 2019, conta com 2.694 municípios, divididos em 333 regiões turísticas. Os municípios que o compõem foram indicados pelos órgãos estaduais de turismo em conjunto com as instâncias de governança regional, a partir de critérios construídos em conjunto com Ministério do Turismo.
Colaboração: Comunicação Prefeitura de Orleans