A greve envolve cerca de três mil mineiros que trabalham em Lauro Müller, Urussanga, Içara, Siderópolis e Treviso
Os trabalhadores de seis empresas carboníferas, sediadas em cinco cidades da região, podem entrar em greve na segunda-feira. Uma assembleia, entre os mineiros, está agendada para sábado, dia 5. Caso não haja uma proposta dos empresários, eles definirão pela paralisação. “No dia 29, sábado, a gente fez uma assembleia geral unificada, que deliberou por greve, a partir do dia 7 às 0h. Ficou também agendada uma assembleia para o dia 5, às 9h30, em Siderópolis, para a gente avaliar uma eventual proposta. Caso não tenha a proposta das empresas, vamos organizar a greve e definir como vai ser a forma de paralisação: por empresa ou todos ao mesmo tempo”, explica o presidente da Federação dos Mineiros do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Fetiec), Genoir dos Santos, o Foquinha.
A greve envolve cerca de três mil mineiros que trabalham em Lauro Müller, Urussanga, Içara, Siderópolis e Treviso. De acordo com o presidente, é necessário discutir alguns itens com os representantes patronais. “É importante deixar registrado que nós entregamos a nossa pauta de reivindicações no dia 8 de setembro. Quase seis meses atrás. A primeira reunião aconteceu em 10 de dezembro. As empresas contrataram um negociador profissional, que veio do Rio Grande do Sul para negociar com a gente. Essa reunião foi mais para fazer a apresentação dele e para falar da conjuntura do carvão”, explica.
Um novo encontro aconteceu no dia 22. “Eles nos apresentaram a proposta e ofereceram 100% do índice do INPC e cumprimento das demais cláusulas. Nós falamos que tínhamos interesse em discutir nossas reivindicações e o encontro foi encerrado”, comenta.
No dia 19 de janeiro, os empresários apresentaram a mesma proposta. “Nós fizemos uma reunião do comando de negociação, no dia 24, e apresentamos outra contraproposta: baixamos para 80% do INPC”, destaca Foquinha.
Com informações do TNSul