Duas crianças da mesma creche contraíram meningite; Vigilância garante que não há surto.
Uma menina de um ano e dez meses morreu na última terça-feira, vítima de meningite bacteriana. Ela era aluna do Centro de Educação Infantil – CEI Beato Anibal Maria Di Francia, no bairro Boa Vista, em Criciúma. Um outro menino, de dois anos, aluno do mesmo CEI, também contraiu a doença e está internado na UTI do Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão.
A Vigilância Epidemiológica garante que são casos isolados e que não há um surto da doença. As atividades na creche continuam normalmente a partir de segunda. A unidade foi fechada nessa sexta para limpeza. A menina que morreu estava internada desde 1º de julho. O diagnóstico da doença foi confirmado no dia seguinte. A partir daí, ela passou por hospitais de Itajaí, Florianópolis e voltou para Criciúma.
”Logo que saiu o resultado, no dia 2, estivemos na creche para medicar todas as pessoas que tiveram contato com a criança nos últimos cinco dias por mais de quatro horas. Isso é o que preconiza o protocolo da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina”, explica a enfermeira do setor de agravos da Vigilância Epidemiológica de Criciúma, Rudineia Recco.
Os dois casos deixaram os pais das crianças matriculadas na escola preocupados. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, é pouco provável que a meningite das duas crianças estejam relacionadas porque, segundo a direção da escola, o menino não comparecia desde 11 de junho, e só foi diagnosticado com a doença no dia 11 de agosto.
“Há vários tipos de meningite. Essa é a bacteriana. Todos os procedimentos foram realizados. Não há indicação para fechar a creche, porque já tomamos todas as medidas cabíveis”, relata Rudineia.
Segundo ela, os sintomas da doença são febre alta repentina, dor de cabeça, vômito, rigidez da nuca e, em alguns casos, aparecem manchas vermelhas pelo corpo. A transmissão do micróbio de uma pessoa para outra pode se dar por interações como tosse e espirro. A doença pode ser transmitida, inclusive, pelos chamados “portadores sadios”, pessoas que abrigam o micróbio sem apresentar os sintomas.
“Temos casos de meningite o ano todo, não apenas em crianças. Há vários tipos. Algumas são transmitidas por vírus, outras por fungos e bactérias. Tendo os sintomas, é importante procurar o serviço médico. Não são em todos todo caso de meningite, as pessoas que tiveram contato íntimo precisam de medicamento. Dependendo do exame laboratorial, é que as ações serão efetivadas”, orienta a enfermeira.
Com informações de Renan Medeiros / NSC Total