Foto: Ketully Beltrame / Sul in Foco
Uma reunião entre equipe da APAE de Orleans e da Administração Municipal, realizada na última semana, foi marcada por troca de informações com o intuito de alinhar a parceria entre a instituição que presta serviços de forma gratuita e o poder público.
O presidente da APAE de Orleans, Lorenço Ascari Junior, falou ao prefeito, Jorge Koch, sobre a credibilidade da APAE, tendo em vista o destaque que tem estadual e nacionalmente e a transparência e publicidade que é dada no uso dos recursos e nos serviços prestados.
Além deles, fizeram parte da reunião a diretora da Escola Especial Lar da Esperança, Fabiana Martins Hoffmann, a diretora financeira e a diretora secretária da APAE de Orleans, Arlene Maria de Aguiar Galvane e Maria Gorete Lotin Jung, respectivamente, as secretárias municipais de Assistência Social e de Saúde, Rosilândia Rocha Librelato e Luana Debiasi, respectivamente, o assistente de gabinete, Gabriel Sampaio Bianco, e a diretora do Departamento de Cultura de Orleans, Annye Baggio.
“Procuramos manter sempre o melhor relacionamento possível com o Município. Você já pode ver que, nestes seis meses, foram poucas as vezes que o procuramos para solicitar auxílio. Neste ano, a APAE de Orleans comemora 35 anos e temos muito a nos orgulhar e comemorar. E ainda há muita coisa boa por vir. Desde o início, todas as diretorias preocuparam-se com a transparência. Temos 35 relatórios anuais contendo todos os demonstrativos financeiros, atividades realizadas, notícias veiculadas na imprensa, conquistas e dificuldades por quais passamos. Ou seja, toda a vida da APAE de Orleans”, destacou o presidente.
Lorenço defendeu ainda que a APAE desempenha um importante papel para o Município, prestando serviço público de qualidade e de forma gratuita. “O que almejamos da Prefeitura é sermos reconhecidos pelos trabalhos que prestamos. Se a diretoria deliberasse que a APAE de Orleans fosse extinta, quem iria atender os 94 alunos do município nas áreas de educação, saúde e assistência social?”, indagou. “A maior pare de nossos alunos é de família carente e o que eles têm aqui dentro é o mundo deles. Muito mais que dar um atendimento público, damos atenção, carinho e oportunidade para participar de diferentes atividades de lazer e diversão, a exemplo de passeios e do baile country realizado em Rio Fortuna”, acrescentou.
Apoio do poder público
Foto: Ketully Beltrame / Sul in Foco
Na oportunidade, o presidente apresentou os apoios recebidos do poder público. Entre eles, o repasse do Governo Federal, por meio do Projeto SUS, no valor aproximado de R$ 15 mil, para contratação de profissionais na área da saúde.
Já Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza técnica para auxiliar o dentista voluntário Ronaldo Campos Zapelini e as Secretarias de Educação e de Infraestrutura disponibilizam duas professoras, motorista, merendeira e serviços gerais. Além disso, recebe também a merenda escolar.
Existe recurso do Governo Estadual, por meio da Lei Julio Garcia, também em torno de R$ 15 mil, para manutenção da escola. Foi estabelecida ainda parceria para manter duas fisioterapeutas atuando no equipamento PediaSuit, cujo repasse próprio por parte da Administração Municipal é de R$ 4.705,50. “Isso ocorre porque é mais viável para o Município, tendo em vista que apenas para adquirir o equipamento teria que ser desembolsado o valor de R$ 100 mil, mais o valor do curso e dos profissionais”, explicou Lorenço.
O presidente contou que tais valores não são suficientes para quitar todas as despesas fixas e também esporádicas. Por isso, a diretoria mantém um fundo de reserva, cujo valor é proveniente de ações tais como o Pedágio, o Bazar da Receita Federal e eventos em que participa trabalhando com voluntários. Além disso, tais valores são juntados para que seja colocado em prática o projeto de reforma e ampliação da sede.
O prefeito, por sua vez, se colocou à disposição. “Quando assumimos, a Prefeitura de Orleans devia por volta de R$ 1,5 milhão. Nos primeiros seis meses, a ordem foi de economizar, de cortar e segurar gastos. Eu disse que no primeiro semestre atravessaríamos um deserto. Graças a Deus, passou, vencemos essa fase. São muitas as entidades com causas nobres que nos procuram. Queremos atender a todas elas, mas não tem para todo mundo. Sempre tive em mente em ajudar a APAE na construção. Mas vamos conversar e ver de que forma a gestão municipal e as secretarias podem ser mais parceira da APAE”, adiantou.
Lorenço solicitou ainda que seja dada a devida atenção e prioridade no que se refere aos assuntos da APAE tendo em vista que se trata de atendimento voltado às pessoas com deficiência, para que não haja, principalmente, atraso no repasse de recursos e nem na resolução de questões pertinentes à instituição.
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