Foto: Rafael Andrade
Os dez médicos atuantes no Hospital de Caridade Senhor Bom Jesus dos Passos, em Laguna, mantêm o atendimento regular. Havia um planejamento de paralisação parcial dos serviços nesta sexta-feira, dia 14, pelo menos até que fossem colocados em dia os débitos referentes aos repasses da prefeitura R$ 150 mil e governo do estado (R$ 192.375,00).
A direção da unidade convocou uma reunião em caráter emergencial com representantes da prefeitura. O encontro ocorreu no início da tarde desta sexta. Participaram da reunião o presidente da Câmara de Vereadores, Roberto Alves; vereadores: Felipe Remor, Wilson Elias Vieira, Kleber da Rosa e Patrick Mattos. Também a presidente do hospital, Regina dos Santos e o assessor jurídico da Secretaria de Saúde, Victor Baião.
Foi decidido que os atrasos referentes de responsabilidade do executivo lagunense (referentes aos meses de junho e julho) serão quitados no início da próxima semana, o que minimizaria a situação.
Outro ponto abordado é o anseio de acréscimo do número de médicos. "Estamos com uma urgência de, pelo menos, mais cinco profissionais. É humanamente impossível manter um bom trabalho com somente um médico por período de plantão", alerta o diretor clínico do hospital, Fernando Henrique Souza Pache. Os vereadores participaram dos embates em apoio à regularização dos atendimentos e o fortalecimento da unidade, que, hoje, atende cerca de 240 pessoas por dia.
O prefeito Everaldo dos Santos não participou da reunião, pois está em Brasília em busca de recursos para outras áreas, principalmente o turismo. No entanto, Everaldo comandará o encontro na próxima segunda, onde os acordos deverão ser formalizados.
O coordenador especial de gabinete da prefeitura, Fábio Kfouri Palma, destaca que outra situação importante é a regularização de R$ 48 mil referentes aos os últimos meses de dezembro e janeiro. "Esta quantia deverá ser quitada a partir de janeiro", disse.
Para atendermos este pedido de auxiliar no acréscimo de médicos, será preciso aumentarmos o repasse da prefeitura de R$ 75 mil mês para 130 mil, o que está inviável no momento. No entanto, a nossa realidade irá mudar bastante a partir do próximo ano", detalha Fábio.
Na quarta-feira, a prefeitura liberou R$ 37,5 mil que também estavam em atraso. A secretária de Saúde da prefeitura, Raquel Xavier, que também participou da reunião, frisou que vai intensificar as campanhas com a população nas unidades básicas de saúde para que deem prioridade ao hospital em casos mais graves, o que evitaria uma sonora sobrecarga no atendimento do Bom Jesus.
Colaboração: Rafael Andrade