O médico ginecologista Richard Coan Damásio, que atua em Orleans e atende na Rede Feminina de Combate ao Câncer, se pronunciou durante a sessão ordinária desta segunda-feira (2). Segundo o profissional, já atua há um ano e meio junto à RFCC. “Com o passar do tempo, só vem aumento o número de atendimento, de casos e de conhecimento que adquirimos com relação à saúde da mulher”, afirmou.
Ele formou-se em Medicina pela Unisul, em Tubarão, e fez residência médica no Hospital Universitário da UFSC, onde fez o mestrado com foco no câncer de mama. “Iniciamos uma campanha intensa voltada à prevenção, pois ela é sempre o melhor tratamento, o melhor remédio”, defender.
Dr. Richard destacou que o câncer de mama acomete, atualmente, 70 mil mulheres ao ano, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer para 2017. “Este número representa mais que três vezes o número de habitantes de Orleans. A mortalidade, pasmem, é de 25 mil mulheres todos os anos”, alertou.
“Como se previne e se rastreia o câncer de mama? Mamografia. Atenção especial para mulheres acima de 40 anos, para prevenir precocemente o câncer de mama, anualmente. Para pessoas que já tiveram casos na família, a realização do exame deve iniciar aos 30 anos. Os fatores de risco são histórico familiar, a idade entre 50 e 60 anos”, informou. “Quando diagnosticado precocemente, o câncer de mama é altamente curável, entre 90% e 95% de chance de cura. Muitas vezes, apenas a cirurgia e a remoção do tumor já resolvem”, acrescentou.
A campanha Outubro Rosa é voltada à saúde da mulher. Por isso, visa conscientizar também a respeito do câncer de colo do útero. “Ele acomete menos mulher, são por volta de 25 mil mulheres todos os anos no Brasil. Entretanto, por volta de 12 mil acabam indo a óbito. Apesar disso, o diagnóstico precoce pode ser feito por meio do exame preventivo. Em Orleans, pode ser realizado na Rede Feminina. Todos os meses, entre 160 e 200 mulheres passam pela instituição. Temos uma enfermeira excelente”, contou.
Nos últimos seis meses, segundo o médico, na Rede Feminina de Orleans, foram registrados 20 casos de lesões pré-cancerosas provocadas pelos vírus cancerígenos no colo uterino e um câncer de colo diagnosticado. “Ambos foram diagnosticados e tratados com agilidade, com ganhos significativos na qualidade de vida das pacientes”, frisou.