O réu alegou que ela aceitou a situação, versão negada pela ex-companheira
Um crime de grande comoção social teve seu desdobramento. A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina manteve a condenação de um homem a 19 anos e quatro meses de reclusão, em regime fechado, pelos crimes de lesão corporal grave, ameaça, estupro e porte irregular de arma de fogo.
Os crimes ocorreram no Vale do Itajaí. O réu implantou, à força, um arame no órgão sexual da vítima para que esta não tivesse relações sexuais com outros homens. Ele apelou sob a alegação de que a sua companheira aceitou a condição como prova de amor.
A versão dela é de que os dois conviveram cerca de dez meses em união estável e, após o rompimento, o homem passou a ameaçá-la e a forçou a implantar o instrumento em sua genitália. Conforme matéria do Jornal Notisul, a história somente teve fim quando a mulher registrou um boletim de ocorrência, ainda com o arame preso ao corpo.
Segundo a denúncia do Ministério Público, em dezembro de 2011, o réu encontrou-se com a vítima e, após relação sexual, com uma arma apontada para a cabeça dela, instalou o aparato, semelhante a um cinto de castidade. O denunciado prometia que, caso a mulher tirasse o arame, mataria toda a sua família.
