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Mamíferos são encontrados mortos

Em fevereiro, outra baleia estava encalhada e morta na praia do Rosa, em Imbituba.

Foto: Elvis Palma / Notisul

Foto: Elvis Palma / Notisul

Uma baleia jubarte foi encontrada na Praia do Gi e um boto fêmea recolhido por pescadores próximo à balsa, nos Molhes, no bairro Magalhães, ambos em Laguna, ontem. Os dois animais já estavam mortos. Conforme dados do Instituto Baleia Jubarte, foi o 10º encalhe de jubarte em Santa Catarina neste ano. Em todo o litoral brasileiro, o número chega a 75. 

De acordo com o professor e coordenador do Programa de Monitoramento de Praias da Univali/Udesc – PMP,  Pedro Castilho, a baleia é uma juvenil e mede 9,2 metros. “A causa da morte é indeterminada. Nos próximos dias serão realizadas algumas análises e desta maneira poderemos saber os motivos que levaram os animais a óbito”, destaca Castilho.  

A baleia jubarte (Megaptera novaeangliae) é uma espécie que migra desde a Antártida para o litoral do nordeste brasileiro durante o inverno e a primavera para se reproduzir. A ocorrência de encalhes desta espécie não é comum na região da APA da Baleia Franca, uma vez que a migração ocorre longe da costa.

Pedro conta que o boto é filhote e deveria ter aproximadamente 2 anos, o mamífero apresentava ferimentos na parte inferior da boca.

O objetivo do Projeto de Monitoramento de Praias é avaliar a interferência das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário a animais vivos e mortos. 

A área de abrangência do monitoramento engloba os municípios litorâneos dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e do Rio de Janeiro, considerando-se a extensa área a ser monitorada (mais de 1,5 mil quilômetros de costa).

Como proceder Encalhes de animais 
• Aponte o local do encalhe e outras informações úteis a um dos membros do protocolo;
• Evite se aproximar do animal sob risco de contaminação biológica;
Em caso de encalhe de animais vivos
• Não tente devolver o animal para a água, pois pode ser perigoso;
• Obtenha fotografias do animal, possibilitando a identificação da espécie e documentação do caso.
• Evite respirar o ar expirado pelos animais;
• Não se aproxime da cauda. São animais grandes em situação de debilidade física, que podem se tornar ariscos com a aproximação de outros indivíduos e, assim, causar ferimentos.

Com informações do Jornal Notisul