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Mais de R$ 500 mil são destinados a projetos de recuperação das águas do Rio Tubarão

Os recursos serão repassados ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e Complexo Lagunar, após aprovação de planos ambientais para despoluir as águas.

Foto: Silvana Lucas/Notisul

Foto: Silvana Lucas/Notisul

O Ministério Público Federal deverá repassar ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e Complexo Lagunar o valor de R$ 532 mil, após o grupo apresentar projetos de recuperação das águas. O anúncio ocorreu ontem após uma reunião, em Criciúma, entre representantes do comitê e o procurador federal, Darlan Dias.

“Os recursos são provenientes de uma ação penal, gerida pelo MP contra a mineradora, responsável pelo vazamento dos finos de carvão, ocorrido no fim do ano passado. As partes entraram em um acordo, com algumas condicionantes no qual foi solicitada também além do pagamento do valor, de que a responsável reforme as bacias de rejeitos, para não ocorrer novos acidentes ambientais”, informa o vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão e Complexo Lagunar, Francisco Beltrame.

Com a promessa que a mineradora deposite em juízo o valor para custeio de projetos para beneficiar a bacia do rio, o comitê deverá elaborar projetos, decidir direcionamentos, lançar editais e projetar melhorias para região. Decisões que o grupo deverá se posicionar nos próximos meses.

“Até fevereiro, todo grupo deve se reunir, elabora os projetos, selecionar os principais, discutir cronogramas e apresentar as propostas ao MP. Iremos definir que ações terão resultados diretos para recuperação ambiental do Rio Tubarão”, destaca Francisco.

A água nossa de cada dia

Conforme o Notisul divulgou com exclusividade, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) classifica a água do Rio Tubarão, sem passar por tratamento, segundo o  sistema de medição de águas doces, em classe quatro. Número que corresponde a status de recomendável para harmonia paisagística e navegação.

Os representantes da Tubarão Saneamentos, empresa responsável pelo abastecimento de água na cidade, destacam que a água para ser consumida, sem apresentar riscos à saúde, deve passar por um sistema rigoroso de tratamento, garantindo assim, que a população seja abastecida com produto de qualidade em casa. “O tratamento de água segue o previsto pelo Ministério da Saúde, responsável por reger os padrões da qualidade da água para consumo humano, permitindo que o líquido ao chegar às residências possa principalmente, matar a sede dos moradores”, afirmaram.

Todos os poluentes, e até demais características que contenham o rio da cidade e que não atendam à legislação de potabilidade, são retirados no processo de tratamento. Desta forma, não ocorre distribuição de água se esta não tenha passado pelo controle de qualidade. “Independente do tipo de poluidor do Rio Tubarão, esse agente é retirado durante o tratamento”, acrescentam.

Com informações do Jornal Notisul