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Mais de mil terceirizados de hospitais recebem aviso prévio por falta de repasse do Governo de SC

Empresa que os contratou diz que dívida passa de R$ 20 milhões. Trabalhadores fazem desinfecção de salas de cirurgia, limpeza de leitos de hospital.

Mais de mil terceirizados de hospitais recebem aviso prévio por falta de repasse do Governo de SC

Foto: Reprodução / RBS TV

Mais de mil trabalhadores terceirizados que atuam em hospitais e clínicas públicas estaduais receberam aviso prévio na última segunda (10). O motivo é a dívida de R$ 20 milhões do governo estadual com a empresa que os contratou.

A empresa Orcali presta serviços de RH, higiene e limpeza em unidades hospitalares da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina em 17 cidades catarinenses. Conforme o grupo, há pelo menos sete meses o estado não realiza o pagamento devido.

“A empresa está arcando 100% com salários, estão todos em dia, vale-transporte, vale-alimentação, mas sem a contrapartida do estado”, contou o diretor-executivo da Orcali, Ciro Moraes Santos.

Segundo a presidente do Sindisaúde, Simone Hagemann, com a saída desses profissionais, há uma preocupação com a higiene das unidades de saúde. “Eles limpam desde a cama do paciente que sai de alta, eles recolhem o lixo, recolhem a roupa, e também limpam salas de cirurgia, fazem a desinfecção. Então, são áreas essenciais. Sem eles, o serviço para”, disse Simone.

O Governo de Santa Catarina informou à reportagem que avalia pendências financeiras com a empresa Orcali e procura uma solução para tentar negociar essa dívida.

Demissão em massa

O Sindicato dos Trabalhadores de Limpeza e Conservação de Santa Catarina – Sindilimp, que representa os terceirizados, considera o caso como demissão em massa e o levou ao Ministério Público do Trabalho – MPT.

“A ideia é que o Ministério Público investigue para onde foi o dinheiro, uma vez que quando há um contrato de licitação tem que ter uma dotação orçamentária. Protocolamos um pedido de reunião com o secretário, pois precisamos negociar com ele frente a frente para evitarmos paralisações que afetam a população”, disse o presidente do Sindilimp, Neucir Paskoski.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde para saber o que foi pago do contrato à empresa e como fica o atendimento à população com a saída desses funcionários, mas não teve um retorno.

Com informações do site G1 SC

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