Foto: Engeplus/Arquivo
Ao todo, 241 trabalhadores da Carbonífera Criciúma serão demitidos a partir da próxima semana. Uma lista com todos os nomes foi entregue ao Sindicato dos Mineiros de Forquilhinha. Segundo o presidente do sindicato, Fernando Nunes, o número de demissões deve ser ainda maior com o passar do tempo.
O fato já era esperado, tanto pelo sindicato quanto pelos trabalhadores, desde o ano passado. Nunes explica que quando a categoria entrou em greve em 2014, um dos pedidos era que a empresa preparasse um plano de demissões, para que todas as rescisões fossem pagas de forma correta. “Tínhamos pedido que os trabalhadores começassem a ser demitidos desde o ano passado. Desta forma, todos receberiam o pagamento da rescisão de contrato. Agora, não existe um plano e a empresa não possui dinheiro para o acerto”, destaca o presidente.
Em 2014, segundo Nunes, o sindicato, junto com o Ministério Público do Trabalho, pediu ao Poder Judiciário que os bens da carbonífera fossem bloqueados. “Desta forma, existiria dinheiro para o pagamento de todos os mineiros. Nunca houve uma resposta sobre o assunto, e agora a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial, e nosso pedido acabou caindo por terra”, argumenta.
Conforme o site Engeplus, a partir de agora, o sindicato tenta negociar com a carbonífera a ordem de demissões. “Queremos que os aposentados sejam os primeiros a serem demitidos, pois eles possuem uma renda para se manter. Depois, seguindo a ordem, seriam demitidos os solteiros e, por último, os casados e com filhos”, explica Nunes.
De acordo com Nunes, a empresa ofereceu aos trabalhadores o pagamento da rescisão após quatro meses da demissão, além do parcelamento da dívida em dez vezes. A proposta será discutida em uma assembleia da categoria.
