Só nas estradas, PRF confiscou 32 mil litros;vinho apreendido vira álcool em gel.
Santa Catarina teve mais de 200 mil garrafas de vinho de importação irregular apreendidas em 2021 em de acordo com a Receita Federal. Só nas estradas, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 32 mil litros da bebida. Segundo o delegado da Receita Federal Mark Tollemache, o vinho apreendido vira álcool em gel.
Os números são referentes ao período entre 1º de janeiro a 30 de setembro. Na sexta-feira (1), mais 744 frascos foram incluídos à conta, com uma apreensão em Mafra, no Norte catarinense.
O delegado da Receita Federal Mark Tollemache, que atua na área de Dionísio Cerqueira, no Oeste catarinense, na fronteira com a Argentina, conta que o esquema dos criminosos envolve a compra de propriedades rurais na área, tanto no Brasil como no país vizinho.
“Fazem a introdução irregular [de vinho] em caminhão com porcos, bois, escondendo os vinhos em chiqueiros, em cochos de bois, fingindo ser agricultores, mas só vivem do contrabando”, explica o delegado.
Quando vão distribuir o vinho ilegal para venda, fazem isso em carros do tipo SUV, caminhões e carretas. Conforme o delegado, cidades como Chapecó, no Oeste catarinense, e Francisco Beltrão, no Paraná, possuem vários depósitos clandestinos.
Como saber se o vinho é legal?
Tollemache dá dicas para que o consumidor identificar se o vinho tem procedência legal. “Primeiro, privilegiar produto nacional. Se for comprar importado, verificar se existe no contrarrótulo dados do vinho. Essas informações têm que estar em português. A norma obriga o importador a fazer um novo rótulo”, explica.
Também é preciso procurar pelo número de inspeção do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Uma iniciativa que está sendo útil na pandemia é a transformação do vinho em álcool em gel. O delegado explica que o processo de extração do álcool da bebida é feito em universidades do Paraná. Mais de 110 mil litros do novo produto foram feitos no primeiro semestre do ano a partir de vinho proveniente de descaminho.
Com informações do site G1/SC