De acordo com o MPSC, entre os anos de 2010 e 2024, o acusado mantinha uma casa religiosa onde exercia grande influência sobre os frequentadores
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 13ª Promotoria de Justiça de Criciúma, apresentou uma denúncia contra um líder religioso acusado de crimes como estupro, violação sexual mediante fraude e importunação sexual. Segundo as investigações, o homem teria usado sua posição de autoridade espiritual para abusar de pelo menos dez mulheres.
De acordo com o MPSC, entre os anos de 2010 e 2024, o acusado mantinha uma casa religiosa onde exercia grande influência sobre os frequentadores, que o viam como um “pai espiritual”. Ele prometia curas milagrosas e, alegando estar incorporando entidades espirituais, convencera as vítimas de que atos libidinosos seriam necessários para que suas preces fossem atendidas.
Conforme a denúncia apresentada pelo Promotor de Justiça Fernando Rodrigues de Menezes Júnior, os crimes ocorreram entre 2015 e 2023. As mulheres, muitas em situação de vulnerabilidade emocional, buscavam aconselhamento espiritual com o líder, que se aproveitava da confiança depositada nele para cometer os abusos. Durante os rituais, ele tocava, acariciava, beijava e estuprava as vítimas, sempre justificando que esses atos seriam essenciais para a prosperidade delas.
O MPSC solicitou a condenação do acusado por 12 crimes de violação sexual mediante fraude, três estupros, uma tentativa de estupro e quatro casos de importunação sexual. A denúncia foi aceita no dia 30 de agosto, tornando o homem oficialmente réu. Ele permanece preso preventivamente, e o caso segue sob segredo de justiça.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social – Correspondente Regional em Criciúma