A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, adiantou ao vice-governador Eduardo Moreira e ao secretário da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, durante a abertura da 83ª Assembleia Mundial da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris (França), na tarde desse domingo (24), que o Brasil terá o sistema de lacre eletrônico para containers de frigoríficos plenamente implantado até o final deste ano. O procedimento dará agilidade e competitividade às empresas exportadoras de carnes de origem bovina, suína e de aves.
O programa Canal Azul do Ministério da Agricultura – hoje em teste em dez empresas – permitirá o carregamento e fiscalização dos containers somente nas indústrias do setor, onde será aplicado um lacre eletrônico. “Assim, as informações chegarão com muita antecedência aos portos e evitará uma nova abertura dos containers, que atrasa a liberação dos produtos em até três dias como ocorre hoje”, disse a ministra.
Na reunião da OIE da próxima quinta-feira, 27, Santa Catarina receberá a certificação internacional de zona livre de peste suína clássica. O Estado está se preparando para receber o documento da OIE há dez anos. SC é o maior produtor e exportador nacional de carne suína. São dez mil propriedades rurais – que, em 2013, conforme a Associação Catarinense de Criadores de Suínos, geraram 65 mil empregos diretos em 140 mil indiretos – integradas às 159 agroindústrias estabelecidas no Estado. A produção anual de carne suína gira em torno de 850 mil toneladas.“Esse evento reflete as desigualdades do mundo e as discussões para elevarmos os padrões sanitários em todos os países, inclusive os menos desenvolvidos. Santa Catarina ocupa um lugar de destaque porque enfrentamos a doença há décadas, e isso se reflete nas premiações que temos recebido”, declarou Eduardo Moreira.
“Somos um estado diferenciado: primeiro conseguimos a certificação de estado livre de febre aftosa sem vacina e, agora, o status de livre de peste suína clássica”, enfatizou o secretário Sopelsa. Também participaram da abertura do evento diretores da Cidasc e deputados.
Colaboração: Vitor Hugo Louzado