Todo mês é necessário que o consumo de água seja medido nas residências e estabelecimentos. Este trabalho é realizado por leituristas. Cada profissional trabalha em uma rota pré-determinada e faz a visita nos locais estabelecidos para coletar as informações.
Para realizar o trabalho, o leiturista utiliza um aparelho chamado coletor. No Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto – Samae de Araranguá, são quatro leituristas. Eles realizam, em média, 250 leituras por dia.
De acordo com o responsável pelo serviço de faturamento do Samae, Márcio Macedo, a prioridade é atingir o maior número de hidrômetros (contador de água), no menor tempo. “Em ruas que não há muito fluxo de carros, eles realizam a leitura em zigue-zague. Percebemos que se as leituras fossem feitas por quadra, o tempo que leva para contorná-las é grande. O leiturista realiza duas vezes mais coletas se fizer em ruas paralelas, trabalhando em zigue-zague. Portanto, visualizamos a melhor maneira de coletar mais informações, em menos tempo e cada um faz sua rota”, explica.
O leiturista Adriano Laranjeira, realiza estre trabalho há 16 anos. “Nossa maior dificuldade é com os cachorros e quando as casas não tem caixinha do Correio. Porque coletamos e precisamos entregar a fatura. Às vezes a casa não tem caixinha e quando vamos entrar, tem vários cachorros”, conta.
Caso aconteça problemas e os leituristas tenham dificuldades, eles informam através do coletor. “Eles podem selecionar a opção e explicar que o portão está trancado e não há como fazer a leitura, ou que há um cachorro bravo na casa que impossibilitou a coleta. No momento em que selecionam a opção, o aparelho faz a foto para vir para o sistema a comprovação do motivo que não foi realizada a coleta em determinado local”, esclarece Macedo.
No coletor, além de verificar a rota, eles precisam selecionar algumas opções, como por exemplo, se a fatura está sendo entregue em mãos ou na caixinha do Correio. Segundo Macedo, os leituristas tem informações no coletor como nome da rua, número da casa, complemento, qual é a próxima leitura que precisa fazer.
“O monitoramento é online e em tempo real. Este sistema de controle é para diminuir os erros. Posso verificar onde cada um está fazendo coleta, quanto tempo demora, qual será o próximo local. Além disso, caso ocorra algum problema, posso enviar mensagem na hora e eles recebem no coletor. Esta máquina funciona com um cartão de telefone, mas é bloqueado para fazer ligações. Recebo atualizações online e em tempo real dos quatro leituristas”, relata.
Em média, cada leiturista realiza 3.300 leituras a cada 15 dias. Em Araranguá existem mais de 13 mil ligações.
Com informações de Renata Rocha