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Justiça libera pagamento a 780 trabalhadores da extinta Indústria Cerâmica Imbituba

Justiça libera pagamento a 780 trabalhadores da extinta Indústria Cerâmica Imbituba

Foto: Divulgação

Foi dado início ao processo de pagamento dos cerca de 780 funcionários da extinta Indústria Cerâmica Imbituba – ICISA, para serem creditados em contas individuais os valores de rescisão contratual e acordos trabalhistas. Ao todo os valores trabalhistas giram em torno de R$ 17 milhões.

Os 780 trabalhadores aguardavam desde 2009 o pagamento dos direitos trabalhistas. A ICISA foi leiloada em 2016 e demolida este ano pela empresa que a comprou. Segundo o presidente do Sindicato da Construção Civil e Cerâmica de Imbituba, Cláudio Ávila, quase a totalidade das contas para depósito já foram abertas.

“O sindicato está tirando as dúvidas dos funcionários e os advogados já entraram em contato com seus clientes para proceder com o recebimento. São cerca de 780 trabalhadores que irão receber 85% do valor da ação em primeiro momento. O restante do valor deve ser pago até dezembro”, ressalta.

Ele explica que o pagamento de 85% do valor se deve porque alguns recursos no processo ainda estão sendo resolvidos, e para não atrasar mais o pagamento foi decidido que seria liberada esta porcentagem do valor total. “A partir da próxima semana ou até o final do mês o valor já vai estar creditado na conta dos trabalhadores”, destaca o presidente.

Em novembro de 2016, ex-funcionários realizaram uma grande manifestação em pleno centro de Imbituba pedindo Justiça e maior rapidez na liberação dos pagamentos. Com apitos, faixas e cartazes cobrando antigos e novos proprietários, pedindo celeridade do Poder Judiciário, o barulhento protesto se concentrou em frente ao sindicato da classe, próximo à rodoviária, e seguiu em caminhada até a frente do prédio da 1ª Vara Cível. Lá tramita o processo que irá definir o pagamento ou não dos 787 trabalhadores. Destes, 385 são relacionados ao processo da massa falida.

Após 81 anos de atividade, a ICISA entrou com pedido de falência em 2009, mas só em fevereiro de 2014 o recurso foi aceito. O leilão de sua massa falida aconteceu dois meses depois e o parque fabril da empresa foi arrematado pelo valor de R$ 13.656.000,00 por um grupo de investidores de Tubarão, entre os quais está a Eraldo Construções. O consórcio pagou uma entrada de 45% do montante e os outros 55% foram parcelados em 24 vezes e já estão quitados.

Com informações do Jornal Diário do Sul

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