Um anúncio de trabalho para modelos em um grupo de empregos de Criciúma no Facebook chamou a atenção de algumas jovens da região na última semana. O anúncio de um homem oferecia trabalhos na área da moda como modelo fotográfico para mulheres e homens. A publicação detalhava ainda o pagamento de um salário-base aos interessados, alimentação e um contrato.
Sem deixar nenhum telefone ou descrever o nome da suposta agência de modelos, algumas mulheres entraram em contato com o homem que pediu aos interessados que lhe mandassem mensagem inbox para obter mais detalhes sobre a proposta de trabalho.
Uma das jovens que entrou em contato foi Jenifer Demboski Fernandes, de 18 anos. De acordo com a moradora de Criciúma, ao iniciar uma conversa via rede social, o homem solicitou uma mensagem por vídeo. “Para realizar o trabalho, ele pediu para que eu tirasse a roupa, alegando ser a única forma de podermos assinar o contrato. Quando eu afirmei que não tiraria ele não me respondeu mais”, conta.
Após o fim da conversa, Jenifer relatou o episódio na publicação que foi excluída logo depois. “Este não foi um caso isolado, pois outras meninas relataram que o mesmo ocorreu com elas. Depois disso, não encontrei mais o perfil dele, aliás a imagem dele no vídeo era diferente da foto da rede social”, comenta a jovem que registrou um Boletim de Ocorrências (BO) pela internet. Já o homem foi removido do grupo de empregos pelos administradores.
Delegado alerta
De acordo com o delegado da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso – DPCAMI de Criciúma, Fernando Possamai, nenhum registro referente a este caso chegou à delegacia nos últimos dias, no entanto, é preciso estar atento na internet.
“É importante que se tenha o contato pessoal, que conheça e saiba da onde é a empresa, quem são os agenciadores. É preciso ter consciência que a internet pode ser uma ilusão neste tipo de contratação”, destaca. O delegado comenta que existe a possibilidade de fakes, o que dificulta a investigação pelos perfis obterem dados incompletos e incorretos.
“Tem que se fazer registro policial mesmo que não haja danos à vítima para que possamos identificar e, posteriormente, punir ou adotar algum procedimento”, afirma o delegado. Possamai lembra também que mediante fotos ou vídeos, a vítima pode sofrer chantagem para que a imagem não seja publicada. “Ela pode ser constrangida, difamada, dentre outras possibilidades”, conclui.
Com informações do Portal Engeplus