O laudo de uma equipe de psiquiatria que acompanha a garota de 20 anos que estaria envolvida com o jogo da “Baleia Azul” deverá apontar a responsabilidade dos instrutores, chamados “curadores” no jogo, que usaram o WhatsApp para orientá-la nas etapas que deveriam ser seguidas no desafio.
Ambos, segundo a polícia, seriam do Pará. De acordo com o delegado responsável pela Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso – DPCAMI de Tubarão, Felipe Samir Ferreira Andrade, com a identificação dos números de telefone a polícia aguarda agora laudo médico que deverá apontar se a jovem teria condições psicológicas para oferecer resistência à pressão dos “curadores” no jogo.
“Caso o laudo indique que ela não poderia oferecer resistência, os suspeitos poderão ser responsabilizados por lesão corporal”, diz o delegado. Além de tentar atentar contra a própria vida, no sábado, ao buscar se jogar no rio, a jovem ainda provocou cortes no corpo: em um dos braços, com uma gilete, fez o desenho de uma baleia.
O desenho feito no corpo, assim como atentar contra a própria vida, fazem parte das 50 tarefas que supostamente são sugeridas pelos curadores do jogo. A jovem, conforme o delegado, sofre de depressão profunda. Ela foi salva pelo namorado, que a impediu de se matar.
Denúncia
O delegado Felipe orienta que esses grupos buscam pessoas que já estão vulneráveis. “Por isso, é preciso atenção. Não entrar no jogo de jeito nenhum. E mais: caso alguém perceba que há outra pessoa induzindo alguém para que atente contra sua vida, o que é crime previsto no artigo 122 do Código Penal, que faça uma denúncia à polícia”, informa Felipe.
Com informações do Jornal Diário do Sul