Foto: Divulgação/Internet
As novas tecnologias de informação e comunicação invadem esmagadoramente nossas vidas. A globalização rompeu com as barreiras do mundo e podemos estar em tempo real acompanhando o que acontece no Planeta. Mas, até que ponto os supostos benefícios superam os danos que esses instrumentos podem causar à vida das pessoas? Qual o limite entre o bem e o mal causado pelo uso da internet?
A comunicação em rede, de forma geral, traz consequências à humanidade. Nosso cérebro é inundado com a avalanche de informações com as quais o cidadão comum tem dificuldade de lidar. É provado cientificamente que nosso cérebro se adapta, fisicamente, ao uso que fazemos dele. Assim, a enxurrada de informações que nos chegam via internet faz com que não nos aprofundemos nos conteúdos; saltamos de uma página à outra, de imagem a imagem, o que dificulta o raciocínio elaborado e profundo, além de diminuir nossa memória de longa duração. Quem se habitua ao uso excessivo da web pode experimentar a sensação de impaciência e sonolência diante da leitura de textos longos. Outro fator relevante é o fato de que o tempo passado frente ao computador tira o tempo do estudo, visto que há uma oferta exagerada de conteúdo divertidos, afastando assim o desejo de estudar. A concentração desaparece, a atenção fica dispersa, recebemos as informações, mas não avaliamos ou interpretamos conteúdos.
Da mesma forma que a TV, a internet surgiu como ferramenta auxiliar nos estudos, para facilitar a vida do cidadão, mas infelizmente não está sendo usada de forma correta.
É preciso que pais e professores assumam a responsabilidade de educar para o bom uso dessa ferramenta que aos poucos está se transformando numa arma poderosa contra a humanidade. Por meio dela o bandido acessa informações que colocam em risco a vida do cidadão; por meio dela a criança, o adolescente, o jovem, têm acesso à pornografia, à banalização do sexo, às drogas, às informações que podem conduzi-los a uma vida desregrada, além de danos à saúde e mau rendimento na escola. Crianças e adolescentes passam as melhores horas do sono navegando na internet, dormem de madrugada, têm de ir à escola cedo e não conseguem uma boa aprendizagem porque são vencidos pelo sono, pelo cansaço, os olhos ardem, a cabeça está povoada de ilusões, de imagens que perturbam a mente.
A internet é uma realidade inegável. Assim como tantos outros meios de comunicação, veio para facilitar a vida das pessoas, mas é preciso saber o limite, pois tanto pode informar como deformar. Não precisamos colocar-nos na contramão da tecnologia, mas temos de aprender a usá-la a nosso favor.
“Navegar na internet é fácil, muito fácil; o perigo é afogar-se nela”.