Dois novos casos de Influenza A foram registrados na região da Amurel, desde o último boletim divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica – Dive/SC, que publicou nesta semana novo informe sobre a situação da doença no Estado. Antes, eram 15 casos registrados, número que cresceu para 17.
Os casos novos foram em Braço do Norte e Imbituba. Os casos de Influenza A na Amurel aconteceram em Braço do Norte (4), Tubarão (3), Gravatal (2), Jaguaruna (2), Sangão (2), Capivari de Baixo (1), Imbituba (2) e Santa Rosa de Lima (1). As duas mortes em decorrência da doença foram registradas em Santa Rosa de Lima e Jaguaruna.
De 1° de janeiro a 17 de junho, foram notificados 773 casos suspeitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Santa Catarina. Destes, 177 (22,9%) foram confirmados para Influenza, sendo 1 (0,6%) pelo vírus Influenza A (H1N1) pdm09 e 160 (90,4%) pelo vírus A (H3N2), 2 (1,1%) estão aguardando subtipagem para identificação do tipo de vírus influenza A e 14 (7,9%) pelo vírus influenza B.
Outros 413 (53,4%) casos de SRAG tiveram resultado negativo para influenza A e B (SRAG não especificada), 120 (15,5%) SRAG por outro vírus respiratório, 1 (0,1%) SRAG por outros agentes etiológicos e 62 (8%) casos se encontram em investigação, aguardando confirmação laboratorial.
Dos 177 casos de SRAG confirmados como influenza, 116 apresentaram algum fator de risco associado, dos quais 66 (56,9%) eram idosos (acima de 60 anos), 12 (10,3%) eram obesos, 10 (8,6%) eram crianças com idade abaixo de dois anos e 25 (21,6%) eram portadores de doenças crônicas, além de três gestantes. Cento e trinta e seis evoluíram para a cura, 17 ainda estão aguardando a evolução e 24 óbitos.
Dos pacientes que evoluíram para cura, 17 não fizeram uso do antiviral oseltamivir (Tamiflu) e 106 fizeram uso de antiviral em média três dias após o início dos sintomas de síndrome gripal (febre, tosse ou dor de garganta e pelo menos mais um dos sintomas: mialgia, cefaleia ou artralgia).
Óbitos
Dos 773 casos notificados de SRAG, 90 evoluíram para óbito. Destes, 24 (26,7%) foram confirmados pelo vírus Influenza A (H3N2), 61 (67,8%) tiveram resultado negativo para o vírus influenza A e B, sendo classificados como SRAG não especificada, e quatro casos (4,4%) diagnosticados como SRAG por outros vírus respiratórios.
Os 24 óbitos acometeram pacientes residentes em Joinville e Florianópolis, com 3 casos, Caçador, Jaraguá do Sul e Lages, com 2 casos, Águas Mornas, Araranguá, Blumenau, Brusque, Catanduva, Concórdia, Jaguaruna, São Bento do Sul, São Francisco do Sul, São José, São Miguel do Oeste e Santa Rosa de Lima, com 1 caso cada. Em relação à faixa etária, a maior proporção de óbitos foi em pessoas acima dos 50 anos de idade.
Médico alerta para importância da vacina contra a gripe
Com a chegada do frio a possibilidade maior de se pegar um gripe também vem junto, e não apenas a Influenza A, pois a gripe comum também pode ter sérias complicações. No entanto, a procura pela imunização segue abaixo do esperado. A explicação pode estar relacionada ao frio, que demorou para chegar, e às informações sobre a redução do número de mortes relacionadas à gripe.
Para o médico Júlio César Marcon, do Centro Médico Unimed, este descuido é bem preocupante, uma vez que o vírus, que sofre mutações todos os anos, segue bastante agressivo. Ele reforça a necessidade de as pessoas se vacinarem, porque a imunização é a melhor prevenção contra a gripe.
Para Júlio Cesar, a gripe pode gerar quadros graves e inclusive levar à morte. Só isto já justifica a importância da vacina. Ele opina que todos que têm direito à vacina já deveriam estar imunizados. A proteção leva duas semanas para fazer efeito e se a vacina for tomada quando o vírus já estiver circulando a pessoa estará exposta a ele. “Quanto mais cedo se tomar, mais se estará protegido”, avisa.
O médico lembra que quem tomou ano passado precisa aplicar novamente, uma vez que não há mais anticorpos suficientes para combater o Influenza. Podem se vacinar gestantes, mulheres que tiveram filho nos últimos 45 dias, crianças de seis meses a cinco anos e pessoas com mais de 60 anos, além dos que possuem algum tipo de doença crônica e aqueles que tomam medicamentos para diabete, asma, obesidade e colesterol alto, entre outros.
Gestantes
O profissional do Centro Médico Unimed lembra que as grávidas precisam tomar diversos cuidados por serem mais suscetíveis a infecções. Júlio César Marcon lembra que é essencial que as gestantes incluam a vacina na rotina de seus cuidados, sem nenhum risco para o feto – pelo contrário, protege o bebê nos primeiros meses de vida.
Com informações do Jornal Diário do Sul