Os três setores que mais pesam na formação do Produto Interno Bruto (PIB) cresceram em SC no mês de abril
Os três setores econômicos com maior peso na formação do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, a indústria, o comércio e os serviços, fecharam o mês de abril com crescimento frente ao mês anterior, março, nas séries com ajuste sazonal, conforme apurou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, tiveram grupos setoriais com altas ou quedas expressivas, mas os resultados gerais ficaram acima da média nacional.
Produção industrial
Segundo a pesquisa Produção Industrial Mensal (PIM), a indústria catarinense fechou abril com crescimento de 0,4% frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Mas teve um salto expressivo de crescimento de 16% frente a abril do ano passado, alta de 6,5% no ano e de 2,4% nos últimos 12 meses.
Considerando abril frente ao mesmo mês do ano passado, quase todos os setores surpreenderam no crescimento. As maiores altas foram do grupo de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (25,7%), seguido por veículos, carrocerias e reboques (23,7%), produtos têxteis (22,4%), máquinas e equipamentos (20,6%).
Também cresceram os grupos de produtos de metal (17,8%), produtos químicos (17,6%), alimentos (16%), produtos de borracha e plástico (11,1%), metalurgia (10,1%) e minerais não metálicos (8,4%). As únicas retrações foram em móveis de madeira (-3,2%) e papel e celulose (-1,9%).
Varejo ampliado
Ainda segundo o IBGE, o varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, cresceu 0,6% em volume em abril frente a março, na série com ajuste sazonal. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, cresceu 10,3%, neste ano cresceu 5,5% e no acumulado de 12 meses até abril avançou 4,6%.
Um destaque foi o setor de veículos, que cresceu 36,2% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado. O setor de materiais de construção, registrou maior ritmo, com alta de 6,6% na mesma comparação.
Entre os setores com maiores altas frente a abril de 2023 estiveram materiais de escritório (31,6%), produtos farmacêuticos (16,3%) e eletrodomésticos (8,0%). Tiveram quedas vendas de tecidos e confecções (-14,7%), hipermercados e supermercados (-4,2%) e combustíveis e lubrificantes (-1,4%).
O dinamismo do setor de veículos segue desde a pandemia, quando as famílias decidiram investir mais em transporte particular. Além disso, os automóveis seguem com preços elevados, exigindo maior fatia do orçamento para esse tipo de bem.
Avanço dos serviços
O setor de serviços, que mais pesa na geração de riqueza do Estado, cresceu 1,3% em abril frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Ele avançou também 9,4% frente a abril do ano passado, 6,7% no ano e 6,8% nos últimos 12 meses.
Os maiores destaques foram os grupos de transportes, com alta de 15,2% na comparação com abril do ano passado, e informação e comunicação, com crescimento de 6% na mesma comparação. O grupo de serviços para as famílias cresceu 4,6% e os serviços profissionais, administrativos e complementares avançaram 1,5%.
De acordo com o Centro de Inteligência Estratégica da Federação das Associações Empresariais (Facisc), o que puxou os serviços foi principalmente o escoamento da produção catarinense para outras regiões do país e para os portos. No caso do mercado doméstico, o destaque foi o transporte de alimentos e embalagens. O setor turístico também impactou positivamente em abril, com crescimento de 9%,1% frente a abril do ano passado.
Com informações do NSC Total