O incêndio que matou três pessoas no Hotel Rech, em Braço do Norte, completou um ano, e o inquérito policial sobre o caso está nas mãos do Judiciário. Com a finalização das investigações, o locatário do hotel na época da tragédia foi indiciado por homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar.
Além disso, ele também responderá por lesão corporal culposa. De acordo com o delegado da Polícia de Braço do Norte, Cristiano Leo Fabiano, que comandou as investigações, o inquérito foi concluído, e partir de agora fica a cargo do Judiciário, que deverá encaminhar o processo ao Ministério Público – MP. No MP, segundo o delegado, há três opções de ação.
“A primeira é que o MP entenda que não houve crime e peça o arquivamento. A segunda é que ele ofereça acusação. E, por fim, o MP pode pedir que haja mais investigação sobre o caso”, completa o delegado. O inquérito foi finalizado quase um ano depois da tragédia, conforme Cristiano, devido à complexidade do caso.
O Hotel Rech, no Centro de Braço do Norte, pegou fogo na madrugada do dia 30 de abril do ano passado. Yasmin Streger, de 13 anos, Cristina Miranda Schimitt, de 59 anos, e Alexandre Frontino, de 32 anos, não conseguiram deixar o prédio e morreram asfixiados pela fumaça. Outras seis pessoas ficaram feridas.
Dois meses depois, o laudo do Corpo de Bombeiros apontou que o incêndio foi causado por um problema no motor de uma geladeira da lanchonete do hotel, que ficava no piso térreo. Após a tragédia, foi revelado que o local estava com o alvará do Corpo de Bombeiros, vencido desde março de 2016. O responsável pelo estabelecimento na época negou irregularidades.
Apesar de relatarem a falta de atestado, os bombeiros certificaram que o sistema de segurança estava instalado corretamente e funcionava na hora do incêndio. No entanto, a edificação não tinha saídas de emergência.
Com informações do Jornal Diário do Sul