O incêndio que matou três pessoas no Hotel Rech, em Braço do Norte, completa um ano nesta segunda-feira (30), e o inquérito policial que apura os possíveis responsáveis pela tragédia ainda não foi concluído.
De acordo com o delegado da Polícia Civil, Cristiano Leo Fabiano, que comandou as investigações, a demora se deve à “complexidade” do caso.
“A investigação já encerrou. Estou finalizando o relatório, que é a última etapa do inquérito. Até a próxima sexta-feira será encaminhado ao Poder Judicário”, informou o delegado, em entrevista à reportagem do DS na última sexta.
Cristiano Leo Fabiano também disse não poder adiantar nenhuma das conclusões da investigação, se houve ou não indício de crime no incêndio. Questionado sobre a aparente demora para a finalização do inquérito, o delegado afirmou que considera o tempo razoável, tendo em vista a dificuldade de uma “investigação bastante técnica”.
“O incêndio decorreu de um curto-circuito. Por conta disso, foi necessário apurar toda a questão envolvendo engenharia elétrica. Também foi necessário verificar a questão do alvará do Corpo de Bombeiros e o alvará municipal”, justificou.
O Hotel Rech, no Centro de Braço do Norte, pegou fogo na madrugada do dia 30 de abril do ano passado. Yasmin Streger, de 13 anos, Cristina Miranda Schimitt, de 59 anos, e Alexandre Frontino, de 32 anos, não conseguiram deixar o prédio e morreram asfixiados pela fumaça. Outras seis pessoas ficaram feridas.
Em junho, o laudo do Corpo de Bombeiros apontou que o incêndio foi causado por um problema no motor de uma geladeira da lanchonete do hotel, que ficava no piso térreo.
Alvará e saídas de emergência
O local estava com o alvará do Corpo de Bombeiros vencido desde março de 2016. O responsável pelo estabelecimento negou irregularidades. Apesar de relatarem a falta de atestado, os bombeiros certificaram que o sistema de segurança estava instalado corretamente e funcionava na hora do incêndio. No entanto, a edificação não tinha saídas de emergência.
Com informações do Jornal Diário do Sul