Mayara Fernandes Neves, irmã do imbitubense André Maynart Costa, 37 anos, que se envolveu em um acidente na Intracoastal Waterway, em Fort Lauderdale, região Sul da Flórida, informou em uma rede social que André não resistiu as ferimentos provocados na colisão de dois barcos e veio a óbito na tarde desta segunda-feira (22).
“Meu amado irmão, Deus te levou antes mesmo de podermos ter aquela conversa, frente à frente, sem ser pelo FaceTime ou Whats. De podermos dar aquele abraço que tanto falávamos… Mas você cumpriu sua missão aqui neste plano, com amor e com toda essa bondade que tinhas em teu coração! Sempre vou lembrar de você com orgulho e admiração! Sei que encontrarás o caminho de luz ao lado do nosso Deus todo poderoso. Sentirei saudades das nossas longas conversas… Quanto ao meu sonho de te ver pessoalmente vai ter que ser adiado, mas sei que um dia nos encontraremos para aquele abraço… Te amo”, escreveu Mayara.
A carioca Juliani Costa, 29, que estava em estado crítico em hospital dos EUA após o barco em que estava junto com o imbitubense, também teve os aparelhos desligados na tarde desta segunda após morte cerebral. André e Juliana estavam em um catamarã que foi atingido bruscamente por outro barco, por volta de 22h30min do último sábado. De acordo com informações das autoridades locais, os brasileiros estavam em um catamarã baixo de 22 pés e foram atingidos por trás por uma lancha de 32 pés, cujo piloto era conhecido de André, que era natural de Imbituba. O baque foi tão forte que a lancha atravessou o catamarã e acertou em cheio a cabeça do casal.
Os dois foram levados em estado grave para o Broward Health Medical Center, onde permaneciam ligados a aparelhos. André e a família são conhecidos no bairro Vila Nova, em Imbituba, onde residiam e tinham comércio. O pai de André mora no município.
O piloto do outro barco, que morava com o brasileiro, o sul-africano Max Irvine, 36, de Deerfield Beach, estava pilotando a lancha acompanhado de Amanda Macke, 34, de Fort Lauderdale, e não tiveram ferimentos graves, segundo as autoridades.
Um ponto levantado por um amigo de André sobre as causas do acidente foi o fato de o catamarã só ter danificado na parte traseira, onde a lancha bateu, o que contraria a informação dada por outros veículos de comunicação, de que o brasileiro estaria em alta velocidade. “Se o André estivesse com uma velocidade superior ao limite, o acidente não teria ocorrido desta forma. Ele provavelmente teria batido a frente em algum lugar ou a pancada não teria sido da forma como foi”, destacou o amigo.
“Eu conhecia muito bem o André. Ele mora na Flórida há mais de 20 anos e sempre gostou de barcos, adorava velejar. Sempre foi muito cuidadoso com isso. Não passava do limite de velocidade e mantinha sempre o barco em ordem. Ele trabalhava com revenda de barcos e entendia tudo de barcos e de navegação. As luzes estavam funcionando perfeitamente”, declarou.
Ele disse ainda que também estava andando de barco horas antes e em contato com André. “Estávamos passeando. Ele no barco dele e eu no meu. Ele estava com o filho e amigos. Eu voltei e horas depois ele deixou todo mundo em casa e provavelmente saiu de novo. Ele estava inclusive com o filho Logan, de 4 anos e meio, e outras crianças no mesmo barco horas antes”.
Safe Boating Week
O acidente aconteceu justo no dia em que começou a Safe Boating Week, Semana de Campanha para a Segurança Desportiva de Navegação na Flórida, que começou sábado e foi mencionada pelo governador Rick Scott para coincidir com a Semana Nacional da Campanha.
De acordo com a FWC, houve 714 relatos de acidentes de barco na Flórida no ano passado, que resultou na morte de 67 pessoas.
Com informações do Portal Notisul