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Içara contabiliza prejuízo de mais de R$ 3 milhões após enxurrada

Foto: Prefeitura de Içara/Divulgação/G1 SC

Foto: Prefeitura de Içara/Divulgação/G1 SC

A Prefeitura de Içara, no Sul de Santa Catarina, e a Defesa Civil do Estado na região concluíram na tarde dessa quinta-feira (14) o levantamento dos estragos causados por uma enxurrada que deixou cerca de 500 pessoas desalojadas na segunda-feira (11). Os prejuízos ultrapassam R$ 3 milhões.

A forte chuva causou alagamentos, inundações e danos em estradas, pontes e estabelecimentos comerciais. Entre os bairros mais atingidos estão Jussara, Vila Nova, Nossa Senhora de Fátima, Esperança e Centro. Na terça-feira (12) a prefeitura decretou situação de emergência.

"Foram 23.457 pessoas atingidas, duas casas parcialmente destruídas e 300 afetadas, 132 pontos de destruição entre estradas, rede de esgoto, 32 famílias desalojadas que já voltaram para suas casas e pelo menos R$ 3,3 milhões", detalha o coordenador regional da Defesa Civil estadual, Rosinei da Silveira.

Segundo ele, as famílias aproveitaram o dia para limpar suas casas. Já as duas famílias das casas parcialmente destruídas continuam em suas residências. As paredes foram reforçadas com tapumes e um engenheiro da prefeitura deve avaliar a estrutura. Caso haja risco, as casas serão interditadas e as famílias serão incluídas em um aluguel social.

"Durante a noite desta quinta e a madrugada de sexta entregaremos colchões e cestas básicas para as 150 famílias afetadas que eu avaliei como mais necessitadas neste momento”, afirma da Silveira.

Na tarde desta quinta-feira secretários municipais e o coordenador regional estavam reunindo informações para encaminhar documentos para a Secretaria de Estado da Defesa Civil e também para a Secretaria Nacional de Defesa Civil. Os documentos devem ser entregues até a próxima semana.

Enxurrada derrubou e entortou paredes

Os desalojados tiveram as casas alagadas. Uma delas, no bairro Jussara, teve uma parede de alvenaria arrancada pela enxurrada, conforme a prefeitura. Outra, no bairro Vila Nova, ficou com as paredes de madeiras tortas, depois que o alagamento baixou.

No mesmo bairro, vizinhos precisaram invadir a casa de um idoso que estava dormindo para tirá-lo da cama, porque a água já estava quase cobrindo o colchão.

“Em seis horas choveu 164 milímetros, o esperado para todo o mês de maio”, destacou o prefeito em exercício, Sandro Giassi Serafin. A chuva começou por volta das 12h.

Chuva e fortes ventos causaram estragos em SC

A Defesa Civil de Santa Catarina informou que o vento chegou a 100 km/h na segunda-feira (11), especialmente no Sul e Grande Florianópolis, regiões mais atingidas. "A situação foi resultado da passagem de um sistema de baixa pressão pela costa de Santa Catarina, ocasionando a formação de um ciclone extratropical", informou o órgão.

Destelhamentos, alagamentos, deslizamentos e queda de energia ocorreram em diversas cidades. Na Grande Florianópolis, aproximadamente 55 mil unidades consumidoras ficaram sem luz, conforme a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). Em algumas localidades, o abastecimento só retornou durante a tarde desta terça (12).

Segundo a Defesa Civil estadual, ao menos quatro cidades registraram mais estragos no Sul catarinense. Em Araranguá e Capivari de Baixo, foram registrados alagamentos.

Criciúma também teve inundações, onde algumas pessoas ficaram desalojadas e foram atendidas pelo Exército e Corpo de Bombeiros. Em Tubarão, houve alagamentos, deslizamentos e famílias ficaram desalojadas.

"Os municípios de Imbituba, Garopaba, Laguna, Imaruí, Pescaria Brava, Tubarão, Sangão e Capivari de Baixo também fazem levantamento do volume de afetados e danos causados pelas chuvas", informou a Defesa Civil. Em Laguna, perto da mesma cidade, um barco pesqueiro naufragou e dois dos três tripulantes morreram.

Com informações do site G1 SC