A greve do Hospital Santa Teresinha, de Braço do Norte, que teve início no sábado, vai se prolongar durante esta semana, já que no fim de semana não foram feitas negociações que pudessem indicar o fim do movimento. O motivo da paralisação é o atraso no pagamento do salário dos 70 funcionários referente ao mês de dezembro.
Ontem, um grupo de funcionários manteve uma mobilização em frente ao hospital. Segundo a presidente do Sindisaúde de Tubarão e Região, Denise Mattos de Freitas, ninguém procurou os funcionários no sábado e domingo, mas a direção do hospital compareceu à instituição, mesmo sem o atendimento aos pacientes.
“Pelo menos demonstram alguma preocupação”, comentou Denise. Com deficit mensal de R$ 112 mil, o hospital iniciou a última semana priorizando o atendimento de urgências e emergências no pronto-socorro.
Ontem, a prefeitura de Braço do Norte divulgou um comunicado informando que os repasses ao hospital estão em dia, inclusive a parcela que vence em janeiro, paga na última quinta-feira, no valor de R$ 89.348,84.
“Apesar das dificuldades financeiras dos municípios brasileiros, que sofrem reflexos de uma grave crise financeira que assola o país, com achatamento da arrecadação – o que não é diferente no município de Braço do Norte –, razão pela qual a administração municipal tem buscado, durante os primeiros dias deste ano, a redução de gastos, com o corte de cargos comissionados e controle dos demais custos, e sabendo da importância que o HST tem para a nossa população, foi oferecido um reajuste de 30% no pronto-atendimento e nas cotas extras de exames. Isso significa, em números, que o pronto-socorro dos R$ 50 mil mensais passará a receber R$ 65 mil, e que a cota extra de exames passará dos R$ 8.153,30 para R$ 10.599,29, além do repasse de R$ 31.195,54 para o sobreaviso. No total, a prefeitura de Braço do Norte, que repassa R$ 89.348,84, deverá repassar nos próximos meses R$ 106.794,83”, diz a nota.
A prefeitura informou, ainda, que a rede básica de saúde do município, composta por ESFs, PAM e Clínica Materno-infantil (CMI), que nos últimos três meses realizou 20.240 atendimentos médicos, está à disposição da população e por isso o município continua prestando assistência médica.
Com informações do Jornal Diário do Sul