Ocupação de leitos destinados para suspeitas e casos de coronavírus é de 100% na Unidade Hospitalar. Até hoje, nenhum valor foi repassado para que os gestores pudessem investir no combate à pandemia.
No dia 30 de março, o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva, anunciava que o Hospital Regional de Araranguá (HRA) seria referência no Sul do Estado para atendimento ao combate ao vírus, porém, o fato não foi concretizado. A estrutura está a ponto de entrar em colapso. Das dez vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratamento de pacientes com Covid-19, todas estão ocupadas.
Segundo Ricardo Ghelere, presidente do Instituto Maria Schmitt (IMAS), que administra o hospital, os leitos de UTI do HRA são para pacientes com diagnóstico ou suspeita da doença em estado grave. “Temos uma UTI com capacidade para dez pessoas e devido à pressão dos prefeitos da região, criamos mais seis leitos, destinando de forma exclusiva dez leitos para os casos de Covid-19”, explicou.
De acordo com a direção do IMAS, neste espaço com dez leitos, dois pacientes estão internados com confirmação, dois suspeitos e seis que aguardam resultado. Já a nova UTI que foi montada conta com seis leitos e dois estão ocupados por outros diagnósticos.
Existe, segundo a Ghelere, mais seis pessoas internadas com casos não tão graves. No setor de Infectologia, que possui seis leitos, há três pacientes que ficarão isolados até a confirmação ou não.
Neste período de pandemia, o governo catarinense não mandou nenhum equipamento para Araranguá. “Íamos ser referência, mas o governo não mandou nenhum novo equipamento, nem recurso para aquisição. Tudo o que realizamos foi com o recurso destinado mensal não tivemos investimento no combate ao Covid-19”, pontuou.
Segundo Ghelere, são 17 respiradores no HRA, porém 16 já estão nas duas UTI. “Esses respiradores estão nas UTI’s, para que quem ocupe o leito possa usar se for necessário conforme diagnóstico e gravidade”, afirmou.
Conforme o presidente, casos graves devem ser transferidos. “As pessoas que precisarem de leitos de UTI vão todas para uma lista única do estado. Até hoje não tínhamos mais leitos. Quem precisar deverá ser transferido para onde tiver vaga”, concluiu.
Com informações do site TNSul