Os primeiros procedimentos assistidos por robô no Hospital Dona Helena foram feitos na terça-feira (4), com cirurgias para próstata e rim em pacientes de 51 e 71 anos.
Um hospital centenário de Joinville, no Norte de Santa Catarina, a 180 km de Florianópolis, quer passar a fazer 30 cirurgias robóticas por mês após investir cerca de R$ 20 milhões em um sistema pioneiro fabricado nos Estados Unidos.
Os primeiros procedimentos assistidos por robô no Hospital Dona Helena foram feitos na terça-feira (4), com cirurgias para próstata e rim em pacientes de 51 e 71 anos.
As cirurgias foram chefiadas pelo urologista Ernesto Reggio, médico-chefe do programa Programa de Cirurgia Robótica da unidade, que acompanhou uma equipe de 12 profissionais. Os pacientes já tiveram alta.
Segundo o especialista, essa modalidade de cirurgia se destaca por causar menos trauma e risco de comorbidades, além de garantir uma recuperação mais rápida em relação às intervenções tradicionais.
🤖 Batizado de Da Vinci Xi, o robô faz parte de um sistema fabricado pela norte-americana Intuitive Surgical, pioneira em robótica para medicina, conforme o hospital. O equipamento desembarcou em Joinville no final de abril.
Meta
A meta do hospital é alcançar, a partir de agosto ou setembro, 30 procedimentos mensais, segundo a unidade. O local tem capacidade para quatro cirurgias por dia e 28 médicos credenciados para procedimentos com a robótica até o momento.
Para atingir o plano, segundo a equipe, o hospital “trabalha na divulgação do programa, relacionamento e capacitação dos cirurgiões.”
Até o fim da tarde de quinta-feira (6), a unidade já havia recebido 20 solicitações orçamento, que aguardam liberação dos planos e/ou precificação para fechar.
Em junho, primeiro mês de atividades, a estimativa é de 15 cirurgias.
Benefícios
Reggio destaca que o uso de robôs na medicina ganhou impulso em cirurgias de próstata, mas sua utilização é ampla, em áreas como ginecologia, aparelho digestivo e tórax.
O médico Rafael Ferreira Coelho, cirurgião robótico do Hospital Sírio-Libanês (SP), convidado para as duas primeiras cirurgias no hospital, explica que o procedimento é menos agressivo que uma cirurgia tradicional.
“Permite realizar diversos procedimentos cirúrgicos complexos de maneira minimamente invasiva”, comenta.
Com informações do g1 SC