Conforme a Polícia Civil, armamento alugado pelo grupo era usado em assaltos e assassinatos
Um homem suspeito de alugar armas para uma organização criminosa foi alvo de operação policial em Itapoá, no Norte de SC. A Polícia Civil cumpriu sete mandados de busca e apreensão e prendeu o suspeito em flagrante. O armamento fornecido por ele teria sido usado em assaltos e assassinatos. Com exclusividade, a equipe da NDTV Record acompanhou toda a ação realizada na manhã desta quarta-feira (25).
A operação começou ainda durante a madrugada. Cinco viaturas saíram da DIC (Divisão de Investigação Criminal) de Joinville com destino a Itapoá. A ação foi liderada pelo delegado José Gattaz Neto e contou com a participação de 26 policiais.
“Essa investigação iniciou alguns meses atrás, quando os policiais da delegacia de Itapoá realizaram o cumprimento de diversos mandados de busca e apreensão e dentro dessa operação, conseguiram apreender celulares e armas de fogo. Conseguiram identificar que os criminosos (corta) estavam utilizando armas de fogo que eram armas legais, de uma pessoa que tinha autorização do estado para possuí-las. E conseguiram identificar que essa pessoa utilizava mal essa autorização que ela tinha para alugar em abatimento de uma dívida que ela tinha com a facção”, conta o delegado Gattaz.
Como funcionava esquema de aluguel de armas
Um dos homens presos tem registro de CAC (Colecionador, Atirador desportivo e Caçador), ou seja, autorização para o porte de armas. Porém, ele usava deste certificado para fornecer armamento e munições para o crime organizado.
Conforme a Polícia Civil, o acervo de armas do suspeito era alugado por criminosos que cometeram assaltos e assassinatos na cidade.
O fornecedor de armas foi preso e passará por audiência de custódia. Além dele, outro homem também foi detido por participar do esquema, porém, assinou um termo circunstanciado e foi liberado.
Material apreendido
Foram apreendidas carabinas, revólveres, munições, carregadores e silenciador durante a operação. “Agora com a análise da perícia, da Polícia Científica de Joinville, vamos encaminhar todo esse material apreendido, nós vamos fazer uma nova verificação no conteúdo que vai vir e não destacamos a possibilidade de uma terceira fase da operação, a fim de identificar aqueles que efetivamente cometiam os crimes aqui em Itapoá”, conta o delegado.
Com informações de Felipe Bambace, repórter da NDTV Record.