A mercadoria era vendida em Santa Catarina e Rio Grande do Sul sem nota. O acusado é do Paraná
A venda ilegal de agrotóxicos como raticidas e formicidas já era monitorada pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) de Tubarão. E segunda-feira, por volta das 17 horas, policiais rodoviários estaduais foram alertados de que o condutor de um Monza com placas do Paraná era suspeito de vender ilegalmente os produtos na região.
O veículo foi abordado no posto da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) em Gravatal, onde foram encontrados 2.688 frascos de agrotóxicos sem nota fiscal no porta-malas. Eram 1.049 frascos com granulado cinza escuro (cor de chumbo) e 1.639 na forma líquida (rosado). Ambos são produtos químicos de uso agrícola (inseticida, acaricida ou nematicida), porém, são manipulados e fracionados indevidamente, e desviados para uso como raticidas. O homem de 53 anos foi encaminhado à delegacia de polícia de Armazém.
O acusado foi preso em flagrante por dois crimes: ordem tributária, porque não tinha nota fiscal dos produtos, e relação de consumo, porque os agrotóxicos são nocivos aos seres humanos e animais. “Depois da prisão, ele foi encaminhado para o Presídio Regional em Tubarão e o inquérito foi concluído e enviado ao fórum da comarca em Braço do Norte”, contou o delegado Marcelo Bitencourt à reportagem do Jornal Notisul.
Investigação
Desde 2011, a Cidasc faz o monitoramento das vendas destes agrotóxicos e coletava informações sobre o distribuidor em Santa Catarina, com relatórios completos. Parte dos produtos, assim como já havia ocorrido em outras apreensões, não possui sequer rótulo. Outros apresentam informações falsas, como o nome da empresa produtora e CNPJ, além de não fazer qualquer referência a recomendações de manuseio e segurança para seu uso.