Vítima levou seis facadas e teve várias rachaduras no crânio provocadas por pauladas
O primeiro assassinato de 2013 no extremo sul catarinense foi registrado por volta das 20 horas de sexta-feira na rua 4, local do bairro Jardim Ultramar conhecido como Área Verde, em Balneário Gaivota. Flávio Borges Esteves , de 46 anos, se envolveu em uma briga e foi espancado e esfaqueado, morrendo antes que pudesse receber atendimento. Flávio era conhecido na comunidade como Paulinho Bandido, devido ao ar de mistério que o rondava, ao fato de morar em um casebre em meio às dunas e eucaliptos, há centenas de metros do agrupamento de casas, e também a seu temperamento explosivo sempre que ingeria álcool.
"Ele era amigo de muitos daqui, mas quando bebia mudava completamente e arranjava encrenca com todos", afirmam moradores vizinhos do local onde o corpo foi encontrado, que dizem não estar em casa no momento do crime e preferem não se identificar. Dona Maria Luiza diz que viu Flávio no dia do crime bebendo e tocando violão com dois homens e uma mulher, todos jovens. "Saí pra ir ao mercado e ele ainda estava lá. Quando voltei, umas 8h, vi um homem caído e logo percebi que era o Paulinho. Chamaram a polícia e já viram que estava morto", contou a moradora em entrevista ao jornal Correio do Sul. Segundo ela, Flávio tinha o rosto muito desfigurado, corpo e pernas machucados e ainda marcas no tórax de pelo menos seis facadas. Algumas informações levam a crer que a vítima era tida como encrenqueira e muitos o temiam e que frequentemente impedia que um terreno da comunidade fosse invadido.
"Eles (posseiros) vinham, construíam um barraco e o Paulinho derrubava ou mandava alguém tacar fogo", comentam os moradores. O terreno em questão é o mesmo onde Flávio foi visto pela última vez. Ele foi encontrado próximo a este imóvel, do lado da rua. No local estavam um tijolo, um bastão de madeira, uma faca de cozinha e até um cabo de guarda-sol utilizados para agredi-lo. A ambulância do Corpo de Bombeiros foi acionada, mas ao chegar o homem já estava morto.
De acordo com o IML de Araranguá que recolheu o corpo, o crânio tinha várias rachaduras devido as pauladas e das seis facadas que o homem levou, três acertaram e perfuraram o pulmão, uma atingiu uma costela e outras duas o baço.
A vítima já era conhecida das polícias Civil e Militar da comarca de Sombrio e de acordo com familiares costumava arrumar confusão quando bebia. Flávio não era casado mas tinha uma filha. Os materiais utilizados como armas foram recolhidos e a partir desta segunda as testemunhas começarão a ser ouvidas de modo a esclarecer as circunstâncias do crime e encontrar os culpados.