A sessão foi presidida pelo juiz Guilherme Mattei Borsoi que declarou a sentença de 12 anos de prisão.
Pouco mais de nove horas foi o tempo que levou o julgamento do agricultor acusado de ter matado uma garota de programa em 2005, na rodovia estadual que dá acesso ao município de Ermo. O júri popular aconteceu ontem, no Salão do Juri, no Fórum da Comarca de Araranguá. A sessão foi presidida pelo juiz da 1ª Vara Criminal, Guilherme Mattei Borsoi, que declarou a sentença de 12 anos de prisão em regime inicialmente fechado para o acusado de homicídio triplamente qualificado, que já foi recolhido ao Presídio Regional de Araranguá. O advogado de defesa afirma que vai recorrer à sentença.
Durante a sessão, que foi assistida por pessoas da sociedade, advogados, estudantes de Direito e imprensa, o réu confirmou a versão de que teria assassinado Priscila Carolina Blauth da Paixão por vingança pelo fato da vítima ter assaltado ao acusado durante um programa, que aconteceu cerca de duas semanas antes do crime. O réu afirmou para os membros da Sessão do Tribunal do Juri que planejou o crime como forma de vingança contra a garota de programa, que apesar do primeiro contato, não o reconheceu no dia do assassinato.
Saiba mais – Na madrugada de 13 de fevereiro de 2005, o corpo de uma mulher foi encontrado numa plantação de eucalipto na rodovia estadual que dá acesso ao município de Ermo. No corpo da vítima, identificada como Priscila Carolina Blauth da Paixão, a perícia encontrou indícios de que quatro disparos foram efetuados, sendo dois no pescoço e dois no peito, que teriam ocasionado a morte da mulher, uma garota de programa.
Durante as investigações, a polícia chegou ao autor do crime, o agricultor que vivia na rodovia, entre Ermo e Jacinto Machado. Segundo os autos, o homem confessou o crime, narrando que teria adquirido um revólver Taurus calibre 38 com numeração raspada em 2004, arma usada para matar a vítima. Para as autoridades judiciárias, o agricultor contou que dias antes do homicídio, teria encontrado Priscila na BR-101, e combinado um programa com a mulher, no valor de R$ 10, e que quando foi pegar o dinheiro na carteira, a mulher sacou uma arma e exigiu que ele entregasse todo o dinheiro, R$ 600.
A atitude da prostituta deixou o homem indignado e por esse motivo ele decidiu matá-la. No dia 13 de fevereiro, o autor do homicídio encontrou a vítima no mesmo ponto que costumava usar, e a mulher não o reconheceu. Usando o pretexto de fazer um programa, a mulher entrou no carro dele até uma rua isolada no bairro Polícia Rodoviária, onde o homem desceu do carro, sacou a arma da cintura e apontou para a vítima, que permaneceu sentada no banco do carona, onde morreu. Depois de matar a garota de programa, o assassino decidiu ocultar o cadáver, encontrado pela manhã na plantação de eucalipto.
Engeplus – Ana Paula Cardoso