Halloween, traduzido no Brasil como “Dia das Bruxas” é um evento tradicional e cultural, que ocorre em países anglo-saxônicos, especialmente nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido. Por se uma questão de cultura tem um ritual, uma história que justifica sua existência e comemoração por parte desses países. Porém, não faz parte da cultura brasileira, não havendo assim, razão para ficarmos estimulando nossas crianças a comemorarem algo sem o devido embasamento cultural. Não sei de onde parte a ideia de incentivar as crianças a saírem pelas ruas à noite, fantasiadas de bruxas perturbando o sossego das pessoas! Quero acreditar que tal iniciativa não tenha origem nas escolas, por parte dos educadores, porque se assim o for, mais uma vez a escola não está cumprindo seu papel, decepcionando-nos pela falta de postura.
Sabe-se que no dia 31 de outubro, em algumas regiões, crianças e adolescentes saem às ruas à noite praticando travessuras e pedindo doces nas casas para comemorem as bruxas, porém muitas vezes as brincadeiras transformam-se em verdadeiros atos de vandalismo, com perturbações à paz de quem precisa descansar. É uma atividade que não acrescenta nada em conhecimento, pelo contrário, só traz prejuízos à sociedade como um todo.
É preciso que ensinemos nossas crianças a incorporarem culturalmente o sentido das coisas. Fazer por fazer de nada adianta! E, que mania tem o brasileiro de cultuar coisas de outros países, esquecendo as riquezas culturais que aqui temos? Parece que tudo que é do outro, vale mais do que é nosso! Por que não usar o potencial criativo de nossas crianças e jovens para divulgar a cultura deste Brasil tão rico, repleto de belezas, fatos, lendas que desconhecemos?
As escolas não podem perder o foco: educar para a transformação da sociedade. Vamos dar um basta à hipocrisia! É preciso resgatar e valorizar a educação incluindo mudança, educando para o pensar com responsabilidades: pedagógica, política e moral, dentro e fora da escola. Vamos pôr um fim ao culto às bruxas; temos coisas mais nobres a serem cultuadas. É compromisso da escola e do professor civilizar a nova geração que irá povoar o mundo. Valorizemos, pois, a cultura do nosso país.